Antes da divulgação dos resultados obtidos pela Embraer (EMBR3) no segundo trimestre de 2009, o Citi elevou suas projeções para a empresa e manteve sua sugestão de compra sobre suas ações, destacando pilares sólidos da empresa.

Na avaliação de Stephen Trent, responsável pelo relatório sobre a fabricante de São José dos Campos, há alguns pilares que tornam injustos os múltiplos muito deprimidos, sob os quais têm sido negociados os papéis da empresa. Ademais, os resultados a serem divulgados nesta semana poderão surpreender positivamente o mercado.

Solidez
Em primeiro lugar, o analista elogia o sólido balanço da Embraer, com destaque para a recente evolução do valor da carteira de pedidos, "mesmo com as entregas de jatos excedendo os [novos] pedidos".

Trent destaca ainda as perspectivas para as receitas do segmento de defesa, cujas margens de lucro são elevadas, além de encomendas provenientes de pequenas companhias brasileiras.

Com a proximidade da definição do novo caça para a FAB (Força Aérea Brasileira), a Embraer desponta como uma parceira de empresas estrangeiras e pode beneficiar-se do processo de transferência tecnológica.

Impacto minimizado
Outro ponto favorável da empresa é sua disciplina no gerenciamento de custos, o que a fez passar por um "doloroso" processo de redução do quadro de funcionários em cerca de 20%. "Isto pode ajudar a Embraer a enfrentar o impacto do real mais forte", disse o analista.

Com base neste cenário mais favorável, o Citi aumentou suas projeções para receita e Ebitda (geração operacional de caixa) da fabricante de aeronaves.

Fonte: Infomoney