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Brasil garante posição entre maiores fabricantes do mundo

Na lista dos oito maiores fabricantes, só a China registrou aumento de produção no primeiro semestre, de 15,2%. Entre os demais, o Brasil apresentou a menor queda, de 13,6%. As baixas mais significativas ocorreram nos EUA (52,1%) e Japão (45,2%), segundo estudo da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O primeiro semestre trouxe mudanças no ranking mundial de fabricantes de carros. A China, como era esperado pelo mercado, chegou ao topo da lista e desbancou três anos de liderança do Japão, além de deixar os Estados Unidos mais longe do posto mantido por décadas. O Brasil conseguiu segurar-se na sexta posição alcançada em 2008, feito que, na visão dos fabricantes, consolida sua presença entre os maiores produtores. A tendência é de manutenção dessas posições até o fim do ano.

A queda da produção no Brasil decorre do recuo de 40% nas exportações. O mercado interno - ao contrário de EUA e Japão, que também amargaram retração – foi positivo em 3% no período. Com isso, o País subiu da oitava posição em vendas observada na primeira metade do ano passado para o quinto lugar. Na soma de 2008, o Brasil já tinha alcançado a quinta posição, mas a virada só ocorreu no segundo semestre.

Ao manter suas posições num período em que a maioria dos mercados mundiais foi afetada pela crise, "o Brasil definitivamente entra no jogo dos grandes competidores e prova ser um mercado que gera resultados", diz o presidente da Anfavea, Jackson Schneider.

Segundo ele, o desempenho do mercado brasileiro "muda a concepção e o olhar das grandes companhias na hora de tomar decisões." As principais marcas vão querer garantir presença no País, seja com bases de produção ou de vendas.

"O Brasil mandou duas mensagens ao mundo: de firmeza e consolidação da sua força, ao segurar o tamanho do seu mercado na crise, e que é um mercado de oportunidades, com potencial de crescimento e demanda a ser atendida", diz Schneider. Com exceção de China e Índia, poucos países têm essa relevância, acredita o executivo.

Cledorvino Belini, presidente da Fiat, reforça que "o desempenho da indústria automobilística brasileira teve como principal âncora o mercado interno, impulsionado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e pela retomada do crédito e juros menores."

A queda na produção, confirma Belini, é reflexo da retração dos mercados globais, que afetou fortemente as exportações brasileiras. "O mercado tornou-se mais ofertante e competitivo em todos os continentes. O desafio que temos hoje é buscar mais competitividade para aumentar nossa participação na produção global, preservando as condições de crescimento do mercado interno e defendendo nossos mercados prioritários de exportação, como os países da América Latina", afirma.

Ociosidade
O Brasil tem hoje capacidade produtiva anual de 4 milhões de veículos, sem contar investimentos anunciados recentemente, como o da ampliação da fábrica da GM em Gravataí (RS) e o da nova unidade da Toyota em Sorocaba (SP). Em 2008, produziu 3,2 milhões de unidades, volume que este ano deve ficar em 3,05 milhões, conforme projeção da Anfavea.

O mundo todo tem capacidade avaliada em 87 milhões de veículos e produção prevista de 66 milhões. Significa uma sobra de 21 milhões de automóveis, sete vezes a produção brasileira.

A China, na opinião de analistas, vai consolidar-se como maior fabricante do planeta. A produção do país, oitava maior em volume em 2000, com 2 milhões de veículos, pulou para 9,3 milhões no ano passado (atrás apenas do Japão). Este ano, deve passar de 11 milhões de unidades. Em vendas, a China também superou os concorrentes.

"Acreditávamos que a China só passaria os EUA em 2020; depois, mudamos para 2015, mas vai ocorrer em 2009", disse, em recente visita ao País, o presidente das operações internacionais da GM, Nick Reilly.

O Brasil, no mesmo período, era o 11º fabricante, com 1,7 milhão de unidades, e subiu para o sexto lugar, posição que assegurou no primeiro semestre e deve ser mantida, na opinião do consultor Marcelo Cioffi, da PricewaterhouseCoopers.

Segundo ele, a Coreia, hoje com 66 mil carros à frente do Brasil, ampliará a diferença no segundo semestre e os EUA vão recuperar o terceiro lugar, hoje da Alemanha. Paulo Roberto Garbossa, da ADK Consultoria, acredita que em 2010 o Brasil "tranquilamente" ficará em quinto lugar, posição que só não ocupará este ano por causa da queda na exportação.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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