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A era de ouro está chegando

Você já deve ter ouvido mais de uma vez a máxima de que os países emergentes estão na moda. Pode acreditar que no mundo da indústria automobilística, ela é verdadeira. Em tempos de dificuldade econômica mundial, os últimos meses foram horríveis para as montadoras de automóveis nos mercados desenvolvidos. Fulminadas por uma crise de liquidez e pelo desemprego crescente, as vendas desmoronaram. Nos Estados Unidos, caíram 18%, o que significou um mercado de apenas 13,2 milhões de carros vendidos em 2008, o pior número da década. Na Europa e no Japão houve quedas semelhantes. E com elas, os lucros viraram prejuízos. Uma situação diferente acontece nos países em desenvolvimento, especialmente os quatro maiores – Brasil, Rússia, Índia e China. “São mercados extremamente promissores para companhias que querem crescer, e nós não queremos ficar fora deles por nada”, disse a Época NEGÓCIOS o colombiano Jaime Ardila, presidente da General Motors do Brasil. “Tanto que, em 2008, nossas operações brasileira e chinesa tiveram o melhor ano de sua história.”

Na estratégia de salvamento da GM, que enfrenta sua pior crise por causa da queda nas vendas nos Estados Unidos, a preocupação foi a de não comprometer a saúde das subsidiárias para ajudar a matriz. Em vez de a combalida gigante americana repassar as operações no Mercosul e faturar algum dinheiro para ajudar na recuperação da liquidez (Sergio Marchionne, o presidente da Fiat, estava de olho comprido nessa oportunidade), a estratégia foi a oposta. Ela obteve um empréstimo de quase US$ 44 bilhões do Tesouro americano, fechou fábricas nos Estados Unidos e vendeu um bom naco da alemã Opel e da inglesa Vauxhall para um consórcio formado pela fabricante de autopeças Magna e o banco russo Sberbank. Mas em nenhum momento as atividades nos países emergentes, como o Brasil, correram riscos. “Depois de alguns anos difíceis, no início desta década, 2008 foi o melhor da nossa história no mercado brasileiro, e hoje não precisamos de ajuda para crescer”, afirma Ardila. Os americanos não são os únicos a olhar na direção dos mercados emergentes e promissores.

Ouvido por Época NEGÓCIOS, Patrick Pélata, diretor-executivo da Renault, também aposta nos países emergentes, onde a empresa, atualmente, tem 40% de seu faturamento. Há apenas dez anos, ela colhia quase 90% de suas vendas na Europa. “Os mercados em desenvolvimento serão os primeiros a colocar o pé para fora dos tempos ruins”, afirma Pélata.

Experimente fazer a mesma pergunta a Sergio Marchionne, da Fiat, e a resposta não será diferente. Segundo dados das associações de fabricantes de automóveis brasileira e europeia, em 2008 a Fiat produziu 603 mil carros no Brasil, ante 420 mil na Itália. Um estudo da consultoria americana Booz & Company mostra que mais de 370 milhões de novos automóveis serão vendidos no mundo até 2013 e, em 2018, o mercado deve chegar a 715 milhões de carros comercializados. Um bom quinhão disso caberá aos emergentes.

A novidade é que esses carros passarão a ter cada vez mais a cara dos paí-ses onde são produzidos. São modelos capazes de andar com álcool e gasolina no Brasil, com eletricidade na China e movidos a diesel na Rússia. Na Índia, precisam ser baratos, como o Tata Nano, que começou a ser vendido em junho. O modelo tornou-se o xodó do mercado mundial quando foi anunciado. Seu preço: cerca de R$ 4,5 mil. Esses e outros mercados em ascensão deverão empurrar a indústria automotiva não só para a salvação mas também para a melhor fase de sua história. Confira como isso está acontecendo e quais serão as tendências para os próximos anos nos principais mercados emergentes.

Fonte:Época

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