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Investimentos mostram a cara

A confiança dos empresários na recuperação da economia já começa a impulsionar investimentos. A Jasmine Alimentos, fabricante de produtos naturais, orgânicos e integrais, prevê um crescimento de 30% em 2009 e está investindo R$ 9 milhões, 50% mais do que em 2008. “Estamos sentindo uma recuperação da economia mês a mês. No mercado interno, as vendas de alimentos estão aquecidas. Em 2010, devemos crescer 35%”, diz Damian Allain, diretor comercial da empresa, com sede em Curitiba.

A companhia ampliou seu quadro de funcionários em 20% – de 168 para 202 pessoas – desde o fim do ano passado e está lançando, somente com a marca própria, 40 novos produtos. Outros 32 estão sendo colocados no mercado por meio de uma parceria com a italiana Alce Nero. Os investimentos foram aplicados nas áreas de sistemas de tecnologia da informação, refrigeração e em maquinário para diversificar a produção, com linhas de cereais matinais e adoçantes. De acordo com Allain, os efeitos da crise se limitaram praticamente ao primeiro trimestre do ano e atingiram essencialmente as exportações, que representam cerca de 5% dos negócios.

Apesar da retomada do investimento, o levantamento da Paraná Pesquisas com as maiores companhias do estado mostra que, de maneira geral, as empresas ainda estão conservadoras quando o assunto é ampliar o quadro dos funcionários. Para 69% delas o número de colaboradores deve se manter como está no segundo semestre de 2009. Apenas 24% vão empregar mais.

A resistência a contratações é maior em setores que ainda têm ociosidade na linha de produção, como a cadeia automotiva. “Os investimentos das fa bricantes de autopeças, por exemplo, estão sendo feitos para ganhar produtividade e reduzir custos e não para au mentar capacidade de produção”, diz Roberto Karam, presidente do Sindicato das Indús trias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Paraná (Sindimetal-PR).

IPI

Em setores que são vinculados ao mercado interno, porém, o ritmo de contratações está mais acelerado, como é o caso do varejo de automóveis. O setor, que no fim do ano passado viu o cliente sumir das concessionárias, foi do “inferno ao céu” nos últimos meses, com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a retomada dos níveis de crédito.

“Vamos fechar o ano com um crescimento de vendas de 2% em relação a 2008 e para 2010 projetamos um avanço de 5%”, diz Marco Antonio Rossi, diretor comercial da Servopa, revenda da marca Volkswagen. Segundo ele, a empresa ampliou em 20% o número de funcionários – somente na matriz são hoje 389 pessoas – para trabalhar na área de vendas e na oficina. Mesmo com a retirada gradual da redução do IPI, Rossi diz que está confiante. “Esperávamos que a crise fosse ter um efeito maior. Mas o que vimos é que a renda da população não foi tão afetada e a retomada da economia deve manter as vendas em alta, com ajuda da oferta do crédito”, diz.

A fabricante de computadores Positivo Informática segue a mesma estratégia. A empresa está investindo R$ 10 milhões para ampliar a produção de 240 mil para 330 mil computadores por mês a partir de outubro. “Há sinais consistentes de aquecimento de vendas. O medo do cliente de perder o emprego já passou”, afirma César Aymoré, diretor de marketing da empresa. No primeiro semestre, as vendas cresceram 2% e o ritmo deve se acentuar nos próximos meses. “Apesar da crise, conseguimos crescer e ampliar nossa participação de mercado”, diz.

Além da confiança na melhora dos indicadores econômicos, o executivo cita a pouca participação dos computadores nos lares brasileiros – o equipamento está presente em apenas 31% dos domicílios – como um fator de impulso para o crescimento. Desde o fim do ano passado, a Positivo ampliou de 4,2 mil para 5 mil o número de funcionários. O dólar fraco também ajuda a empresa a reduzir os custos, já que 85% deles são atrelados em maior ou menor grau à cotação da moeda norte-americana.

Fonte: Gazeta Online

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