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Queda na produção de SP não rompe tendência de melhora, diz Fiesp

A queda de 0,8% na atividade da indústria paulista em agosto ante julho, em dados dessazonalizados, não representa uma ruptura na tendência de recuperação da economia, afirmou nesta terça-feira o diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp, Paulo Francini.

"Chegamos à conclusão de que não há uma quebra na tendência de melhora. É um acontecimento anormal em um ano anormal que é 2009", afirmou.

Ele ressaltou também que os dados com ajuste sazonal levam em conta os resultados dos anos passados do mês de agosto, que costuma ser forte para a indústria. "Não se trata de uma ruptura, mas de um comportamento sazonal."

Nos dados sem ajuste sazonal, o índice de atividade medido pela Fiesp teve alta de 2,7%. "Continuamos acreditando na recuperação", disse Francini.

A última vez em que o INA ficou negativo na série com ajuste sazonal foi em fevereiro deste ano, quando caiu 0,2%. O diretor do Depecon lembrou que, no mês seguinte, o índice teve alta de 3,5%. "Ou seja, pegar o dado de um mês para definir uma tendência não vale", disse.

Exportações

Ele afirmou que a grande pressão negativa para a atividade industrial tem sido a queda nas exportações. Segundo Francini, a valorização do real frente ao dólar foi responsável por uma queda de 0,6 ponto percentual no volume de vendas da indústria, que caiu 0,8% em agosto --em dados dessazonalizados. "Se não fosse por isso, teríamos uma queda de 0,2%", disse.

É essa queda nas exportações que fará, de acordo com Francini, com que a produção da indústria do Estado de São Paulo tenha redução em 2009. Ele afirmou que o indicador deve fechar em baixa de 7% no ano, enquanto as vendas externas do país devem ter contração de 8%.

Isso significa que a indústria paulista manteria o patamar de 2008 na produção se não fosse a redução no volume produzido para exportação.

Ele citou uma pesquisa feita pela Fiesp com as empresas exportadoras, que mede as expectativas para os próximos meses. "Temos as previsões para até janeiro de 2010, e elas ainda não sinalizam melhora", disse.

Isso porque os principais clientes do país, como Estados Unidos, Europa e outros países da América Latina ainda não iniciaram o processo de recuperação de suas economias, apenas tiveram estabilização, disse.

Sensor

O indicador que aponta a percepção dos empresários sobre as perspectivas da economia, mensurado pelo Sensor Fiesp, mostrou melhora na segunda quinzena deste mês. O índice atingiu 57,8 pontos, o melhor número da série histórica.

"O sensor continua dando uma indicação muito positiva", disse Francini. "Continua dizendo, e nós continuamos acreditando, que estaremos assistindo em setembro à continuidade da recuperação."

Fonte: Folha

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