Portal do SMC - Acesse aqui

Fique Ligado

As contratações voltaram e há mais vagas na indústria

As contratações estão de volta. Esta é a avaliação de diversas empresas responsáveis por recrutamento e seleção de pessoal no país. Consultorias ouvidas por VEJA.com, e que atuam nas cinco regiões, mostram que o número de empregos aumentou em até 50% nos últimos dois meses em relação aos meses anteriores. Jonas Kafka, diretor comercial da Holden Consultoria & RH, conta que a empresa registrou um crescimento de 25% a 30% nas contratações para os setores de indústria e varejo do Rio Grande do Sul. "A demanda por mão-de-obra é um reflexo da melhoria da economia e do fim dos efeitos da crise financeira, que começou nos Estados Unidos e irradiou para o mundo em 2008", avalia Kafka. "A tendência agora é o setor industrial entrar 2010 com um volume de contratações maior do que o normal." Nas regiões metropolitanas de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo também há mais vagas na indústria, conforme quadro abaixo.

Na semana passada, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgou um saldo líquido de 252 617 novos empregos em setembro. O número reforça a tese defendida por Kafka e por outros profissionais de recursos humanos. "A maioria das empresas tinha um pé no freio por causa da crise e agora resolveu acelerar", afirma Sean Hutchinson, gerente regional da RH Internacional, que tem escritórios no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre. Segundo ele, as capitais paulista e fluminense foram as que mais sentiram a diminuição de vagas no auge da crise. "No último mês tivemos um aumento de pelo menos 10% em todas as nossas filiais."

Fran Winandy, diretora da Acalântis Recursos Humanos, comemora a volta das vagas administrativas de níveis de coordenação e gerência em São Paulo. "Em novembro do ano passado tivemos uma diminuição drástica, algo em torno de 50%", diz. "Dezembro, janeiro e fevereiro foram bem fracos e, em março, houve uma pequena retomada, mas nada comparado com julho e agosto, com aumento na faixa dos 40%. Em setembro, chegamos aos 50%", contabiliza Fran, que estima fechar outubro com 60% mais vagas em relação ao primeiro semestre de 2009.

No Nordeste, Salvador e Recife também recobraram forças. "O mercado acordou pra tirar o atraso", diz Ivo Souza Cortes, diretor da RH & Cia, que atua em Salvador e conseguiu recuperar nos últimos três meses 40% das perdas sofridas no primeiro semestre. Na capital pernambucana, a psicóloga Ana Thereza Almeida da Silva, diretora da Fator Humano, prevê um aumento de 60% na oferta de vagas no segundo trimestre, em relação aos primeiro. Segundo Thereza, Recife sofre uma demanda de vagas maior do que a quantidade de profissionais capacitados. "O resultado é a vinda de mão de obra de outras regiões, principalmente do sudeste."

Vagas temporárias - Algumas das oportunidades oferecidas pelo mercado são focadas no desempenho da economia de fim de ano. É o caso da maior parte das seleções feitas pela Peoples RH Consultoria, em Goiânia. "Esse é o tipo de movimentação que alimenta toda a cadeia de varejo e de serviço, com demandas para vendedor, motorista, estoquista etc.", explica a diretora Bartira Pereira Maciel. "O emprego de fim de ano é um fenômeno já esperado e que se repete em praticamente todas as grandes cidades brasileiras”, afirma Lucas Nogueira, gerente de RH da filial paulista da Adecco. "A peculiaridade deste ano está na antecipação."

O aumento na demanda das vendas no varejo também tem forçado a indústria de eletrônicos de Manaus a contratar funcionários temporários desde o mês de julho. "Nós selecionamos recentemente, por exemplo, cerca de 500 pessoas para uma fabricante de celulares", afirma Ana Maria Beckmann, gerente corporativa da Executiva RH, que atua em toda a região norte do país. Ana Maria destaca, ainda, outro fenômeno: a recolocação de profissionais demitidos pela crise. "A gente sentiu um aumento de 40% este ano, se comparado com o ano passado."

A recolocação é um recurso utilizado, também, por quem já está no mercado de trabalho e quer mudar de emprego. Segundo a diretora Patrícia Spaniol Caillaux, da Appoio Desenvolvimento e Transição de Carreira, de São Paulo, durante a crise os pessoas ainda corriam atrás de outras posições eram de nível de gerência média. "Agora, com a melhora da economia, são os executivos com salários acima de 20 000 reais que estão mais interessados em trocar de emprego porque sabem que as oportunidades de salários altos voltaram."

Fonte: Veja.com

Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.