Centrais querem colocar 40 mil em Brasília na 6ª Marcha
As seis Centrais Sindicais brasileiras (Força Sindical, CUT, Nova Central, UGT, CGTB e CTB) prometem ocupar a Explanada dos Ministérios em Brasília, na próxima quarta-feira (11), com cerca de 40 mil trabalhadores de todos os recantos do Brasil. Será a 6ª edição da Marcha da Classe Trabalhadora, que este ano tem como principal bandeira a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário.
A movimentação de trabalhadores e sindicalistas em Brasília começa já a partir de segunda-feira (9), com um acampamento que será montado pela CUT. O local vai centralizar panfletagens, bandeiraços e será responsável por uma vigília no Congresso Nacional. “Estamos organizando 500 companheiros com uma grande delegação dos metalúrgicos do Rio Grande do Sul, além da alimentação e outras categorias”, informa o secretário geral da Central, Quintino Severo.
Um dos objetivos da Marcha é pressionar a Câmara dos Deputados a colocar na pauta do plenário a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 231/95) que reduz a jornada de 44 para 40 horas semanais e eleva de 50% para 75% o valor da hora extra. A emenda tramita há 14 anos e foi aprovada em junho em uma comissão especial da Casa.
Benefícios - Segundo avaliação do Dieese, a combinação das duas medidas será capaz de gerar cerca de dois milhões de empregos formais em todo o País. Além disso, proporcionará ao trabalhador tempo para o convívio familiar, para a qualificação e lazer.
A 6ª Marcha da Classe Trabalhadora também vai pedir a aprovação da política de valorização do salário mínimo, negociada pelas Centrais com o governo e da emenda contra o trabalho escravo; a ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT (negociação coletiva no serviço público e fim da demissão imotivada, respectivamente); e a retirada dos projetos sobre a terceirização, que precarizam as relações de trabalho.
Fonte: Agência Sindical