Temer faz amanhã reunião com sindicalistas e empresários
O impasse com relação à redução da jornada para 40 horas começa a ser desatado amanhã (19), com uma reunião às 10h30 no gabinete do presidente da Câmara, Michel Temer. A avaliação é do deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), que nos últimos meses tem se empenhado a fundo para que a matéria vá a votação no plenário.
O encontro com Temer, nesta quinta, deve reunir, pelos trabalhadores, os deputados Paulinho (PDT), Vicentinho (PT) e Roberto Santiago (PV), todos sindicalistas, da Força, CUT e UGT, respectivamente. Pelos empresários, devem participar Armando Monteiro (PTB), presidente da CNI, Sandro Mabel (PR), empresário de Goiás, e Albano Franco (PSDB), ex-presidente da CNI.
“Vai ser a primeira de uma série de reuniões que têm como objetivo encontrar uma proposta de consenso. Até porque, sem consenso, não há como a matéria ir a votação”, afirma Paulinho.
Lula - Nos últimos dias, e principalmente após a reunião com dirigentes das Centrais, que ocorreu um dia depois da 6ª Marcha a Brasília, dia 11 de novembro, o presidente Lula tem entrado em campo para tentar agilizar a votação da PEC que reduz a jornada de 44 para 40 horas semanais. Paulinho diz que Lula pediu a Temer a realização dessas reuniões, buscando o fim do impasse.
Temer - Num jantar com pedetistas em Guarulhos, dia 13, Paulinho já havia anunciado o empenho de Lula na questão das 40 horas. Ele havia participado, no início da noite, de um evento na RedeTV!, e lá Michel Temer teria confidenciado o pedido de Lula pelo apressamento da votação.
Ressalte-se, nessa questão, a coerência de Temer. Ainda em junho, durante o 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo, ele garantiu aos congressistas que, se houvesse consenso, ele colocaria rapidamente a PEC das 40 horas em votação no plenário.
Jornada - Até 1988, a jornada legal de trabalho no Brasil era de 48 horas. A redução para 44 foi consequência da forte pressão sindical e do movimento popular, que vivia uma fase de ascensão.
Fonte: Agência Sindical