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Cinco cidades do Sudeste respondem por 25% do PIB

Apesar de pequenos avanços localizados, a economia brasileira permanece extremamente concentrada. Aliás, a região sudeste, considerada a mais rica e desenvolvida do Brasil, foi a única que registrou um crescimento da concentração de renda entre 2006 e 2007, impulsionada pelo setor de serviços.

Para se ter uma ideia do grau de discrepância, os 10% dos municípios com maior Produto Interno Bruto (PIB) geraram 24 vezes mais renda do que os 50%das cidades com menor PIB, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"De fato, o resultado mostra uma concentração da riqueza exacerbada. Afinal, cinco municípios responderam por um 1/4 do crescimento do país, enquanto outras 1.342 cidades são responsáveis por apenas 1%, sendo que a maioria destas está localizada nos estados do Piauí, Paraíba e Tocantins. A situação, às vezes, é tão precária que as pessoas não conseguem nem se deslocar para os grandes centros", reconhece Sheila Zani, coordenadora da pesquisa.

Embora maior no Sudeste, a concentração da renda está espalhada por todo o país. Atualmente, sete cidades do norte, por exemplo, produzem 50% do crescimento econômico na região.

"O governo tenta reduzir a concentração por meio de incentivos fiscais para empresas que optarem por se instalarem fora do eixo das grandes metrópoles. Mas assim como transferências de renda, isso não basta sem uma atividade econômica que permita que estes municípios com PIB pequeno caminhem com suas próprias pernas", enfatiza Sheila.

Outros países

Mesmo excluindo os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, o cálculo do indicador da região segue elevado (25,1).

"Neste caso, influenciou o fato dos dois estados terem cidades grandes, como Campinas (SP) e Duque de Caxias (RJ), entre outras, que geram bastante riqueza", destaca Sheila.

Professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Istvan Karoly Kasznar lembra que a concentração de renda é comum em países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Cerca de 65% do PIB da França está limitado à Paris. Na Argentina, 77% do crescimento vem de Buenos Aires e das cidades adjacentes.

"A própria economia se concentra onde estão as oportunidades, o emprego e a renda. No Brasil, o processo fica mais evidente, uma vez que temos 3.200 municípios quase totalmente dependentes do orçamento federal para existirem", observa.

Fonte: Brasil Ecônomico

Desenvolvido por Agência Confraria

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