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Lupi defende criação de índice internacional do emprego

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi propôs, na última quarta-feira (6), aos governos do Chile, México e Argentina a criação de um índice universal para medir a evolução do emprego em todos os países.

Segundo Lupi, o indicador tornaria mais claro o efeito das diversas políticas econômicas sobre geração de postos de trabalho, mantendo o emprego como o grande foco do debate econômico.

- O emprego é o maior mecanismo de distribuição de renda, mas continuamos usando índices que interessam mais ao mercado financeiro, como o controle da inflação e o produto interno bruto (PIB). Precisamos de um índice que priorize o ser humano - afirmou Lupi, durante encontro promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a América Latina.

- O emprego deve orientar a economia, e não o contrário.

O ministro citou como exemplo o Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged) brasileiro, que todos os meses apresenta um raio-x do mercado de trabalho do Brasil.

- Esses dados têm auxiliado o Governo a orientar as políticas públicas e, graças à sua constante divulgação na imprensa, conseguimos trazer essa questão para o centro do debate.

A sugestão do Governo Brasileiro foi elogiada pelo ministro do Trabalho Mexicano, Javier Lozano, que em seguida propôs a adoção de um índice que relacione o Produto Interno Bruto e a geração de empregos formais.

- Sem dúvida o emprego pleno deve ser uma preocupação nacional em toda a América Latina. Precisamos construir um mecanismo que possa medir isso de forma homogênea - pontuou.

Em seu discurso, o diretor geral da OIT, o chileno Juan Somavia, também apoiou a iniciativa, lembrando que a recuperação dos empregos será mais lenta que a da economia.

Ele comparou o desempenho econômico da América Latina a uma "montanha-russa", incapaz de sustentar longos períodos de crescimento.

- Nosso desafio é mostrar que o emprego merece tanto investimento como os bancos privados que estavam ameaçados. Não faz sentido criar ações apenas para proteger instituições financeiras. A recuperação da bolsa de valores do Chile, por exemplo, não está tendo reflexo sobre o mercado de trabalho do país - argumentou.

Durante a reunião foram debatidos ainda temas como o papel dos bancos centrais no elaboração de políticas de emprego e o risco de aumento da informalidade no mercado de trabalho.

Houve consenso entre os ministros de que é preciso criar melhores condições para as pequenas e médias empresas, assim como manter a Agenda do Trabalho Decente proposta pela OIT.

Fonte: Agência Brasil

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