Empresários resistem em reduzir jornada, Temer insiste na negociação
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB/SP), lamentou que tanto empresários como sindicalistas tenham rejeitado, nesta semana, sua proposta de redução da carga horária de trabalho de 44 para 42 horas semanais, até 2012. Portanto, 1 hora, em 2011, e mais uma, em 2012.
Temer disse, no entanto, que é seu papel encontrar um meio-termo e tentar chegar a um acordo sobre o assunto para, a partir daí, colocar a proposta em votação no plenário da Casa.
Em entrevista concedida, nesta quinta-feira (11), à TV Câmara, Temer lembrou que o Legislativo costuma ser visto como a "casa da discórdia", mas sempre acaba chegando a um acordo.
No caso da jornada de trabalho, os sindicalistas defendem a votação da PEC 231/95, que reduz a carga horária semanal de 44 para 40 horas. Já os empresários são contra a proposta, portanto não querem votá-la de jeito nenhum.
Durante os debates na Constituinte, os empresários também rejeitaram a proposta que reduzia a jornada de trabalho de 48 horas semanais há época, para as 40 horas.
Durante os debates os trabalhadores acolheram a proposta alternativa de reduzir apenas quatro horas durante a semana.
É hora de os empresários terem do bom senso, argumentam os representantes dos trabalhadores.
Ficha limpa
Em relação à "ficha limpa" para quem concorre a cargo eletivo, Temer disse que não sabe qual será a redação do texto a ser aprovada.
Ele lembrou que, além do projeto de iniciativa popular apresentado em 2009 (PLP 518/09), há outras propostas sobre o assunto que tramitam na Câmara e que vêm sendo debatidas há algum tempo.
Fonte: Agência Câmara