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Foram criados 205 mil empregos formais em fevereiro, um recorde

Em fevereiro foram criados cerca de 205 mil empregos formais no país, o que constitui um recorde histórico segundo informações do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, divulgadas nesta segunda-feira (15). Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

A evolução da oferta de emprego no mercado formal de trabalho é o melhor indicador de que a economia nacional já superou os impactos da crise exportada pelos EUA e caminha para um robusto crescimento neste ano. Os números contrastam com o desempenho de países considerados mais desenvolvidos, como EUA, Japão e União Europeia.

Contraste
O mercado de trabalho nos Estados Unidos sangra desde dezembro de 2007, contabilizando 26 meses de demissões líquidas (com uma única e pequena exceção em novembro de 2009), incluindo o primeiro bimestre deste ano.

Durante a crise, a maior potência capitalista que o mundo já conheceu até o momento, acrescentou mais de 8 milhões de trabalhadores ao que Karl Marx costumava chamar de exército de reserva de mão-de-obra (desempregados), cuja principal função é depreciar a força de trabalho e que hoje soma mais de 15 milhões de trabalhadores e trabalhadoras no interior do império.

Na Europa a desocupação também continua em alta e o nível de desemprego na zona do euro está em torno de 10% da população economicamente ativa. A situação no velho continente é crítica e foi agravada pela severa crise fiscal que emergiu das intervenções anticíclicas dos Estados capitalistas, o que colocou em evidência novos desequilíbrios e problemas.

Produção e emprego
Mais trabalhadores ocupados significa mais produção e renda, pois ainda está de pé a antiga equação descoberta pelo fundador da economia política moderna, o inglês Adam Smith, segundo a qual o valor é igual ao tempo de trabalho empregado na produção.

Em outras palavras, o trabalho é a fonte do valor econômico e de toda riqueza social. Assim, quanto maior o nível de emprego, na hipótese de uma produtividade constante, maior tende a ser o valor da produção.

Em contrapartida, o desemprego é o mais sério e dramático indicador da crise econômica. Não há recessão sem desemprego. É por esta razão que muitos economistas consideram frágeis os sinais de recuperação da economia norte-americana, onde a anemia do mercado de trabalho é persistente, ao contrário do que ocorre no Brasil.

Forte recuperação
O mercado de trabalho brasileiro sentiu com força os impactos da crise mundial do capitalismo no último trimestre de 2008 e no início de 2009. Em dezembro de 2008 o Caged registrou números alarmantes: mais de 600 mil demissões líquidas. Mas a situação começou a melhorar ainda no primeiro trimestre e o ano passado foi fechado com um saldo positivo de 995 mil novas vagas formais.

Em janeiro deste ano o Caged revelou a geração de 181.419 postos de trabalho com carteira assinada no país - número também recorde para o mês. "Estamos fechando os números de fevereiro hoje e já podemos considerar o melhor fevereiro da história de 22 anos do Caged", disse Lupi a jornalistas após evento no Rio de Janeiro.

"Este ano de 2010 tende a ser o melhor ano na geração de empregos na história do Brasil", acrescentou. A indústria, que foi o setor mais afetado pela crise e onde a relação entre emprego e produção é mais acentuada, está se destacando na recuperação.

"Houve demissões precipitadas. A indústria está contratando muito porque os estoques estavam altos e a indústria, que acreditava que a crise ia ser avassaladora... e não foi, agora está contratando em meses atípicos, como janeiro e fevereiro".

O ministro estima que a taxa média de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve ficar entre 7,4% e 7,5% neste ano, ante 8,1% em 2009.

Fonte: DIAP

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