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Especialistas divergem sobre aumento dos juros pelo Banco Central neste mês

Economistas e analistas do mercado financeiro discordam sobre a necessidade de aumento da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para hoje (16) à tarde e amanhã. Atualmente, a taxa está em 8,75% ao ano.

Apesar de a maioria esperar por elevação somente em abril, há especialistas que aguardam por ajuste já na reunião de amanhã, como a economista-chefe do Banco ING, Zeina Latif. A expectativa dela é de quatro elevações de  0,50 ponto percentual ao longo deste ano.

Zeina lembra que no ano passado foram necessárias medidas de estímulo à economia brasileira, que enfrentava efeitos da crise financeira internacional. Uma das medidas foi a redução dos juros e aumento dos recursos dos bancos para empréstimos. “Uma vez que a economia já voltou ao normal, se for mantido esse estímulo, vamos colher inflação no futuro”, avalia Zeina.

O presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), Pedro Afonso Gomes, critica as discussões sobre os juros que, na sua avaliação, são mais voltadas para o curto prazo, com especulações de quem, como os bancos, tem títulos públicos corrigidos pela taxa básica.

Na visão de Gomes, é necessário pensar a economia no longo prazo, com ampliação dos investimentos das empresas e em infraestrutura. “Está sendo desenvolvida a confiança de longo prazo no Brasil e por isso os agentes podem ampliar as unidades de produção e a inflação acaba sendo menor”, avalia.

Mesmo assim, Gomes espera uma alta dos juros como medida de curto prazo para conter a inflação. Mas, ao contrário dos analistas de mercado financeiro, estima aumento de 0,50 ponto percentual apenas no próximo mês.

O economista da LCA Consultores Homero Azevedo Guizzo lembra que o BC só aumenta os juros após uma sinalização “clara e inequívoca” em documentos ou pronunciamentos.

Para ele, a afirmação do presidente do BC, Henrique Meirelles, em fevereiro deste ano, de que a atuação da autoridade monetária envolve medidas impopulares e antipáticas não indica aumento imediato dos juros. “Ele não poderia ter feito um discurso diferente. A indicação  é de que os juros vão subir em algum momento do ano”, afirma.

Diferentemente dos outros analistas, Guizzo só espera por alta da Selic, de 0,50 ponto percentual, em junho, com elevação total de 2,5 pontos percentuais no ano. Para ele, projeções de alta da inflação devem diminuir a partir de abril.

Para Antônio Madeira, sócio da MCM Consultores, a mudança nos depósitos compulsórios (que reduziram a quantidade de dinheiro em circulação) ajuda a conter a inflação, mas “não substitui a elevação dos juros”.

Segundo Madeira, os compulsórios atuam mais fortemente na oferta de crédito dos bancos. Já a taxa básica gera efeitos disseminados na economia, avalia. Ele espera por elevação de 0,50 ponto percentual na Selic em abril. A expectativa dele é que a taxa básica encerre 2010 em 11% ao ano.

Fonte: Agência Brasil

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