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IPI reduzido adiciona 75 mil veículos à frota paranaense

Após mais de 15 meses de vigência, o benefício do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido terá possibilitado a venda adicional de aproximadamente 75 mil veículos em todo o Paraná. O volume extra de automóveis – que equivale à frota total do município de Colombo, na região metropolitana de Curitiba – estará em circulação no estado exclusivamente por causa da política de desoneração fiscal. Os dados são da Fede ração Nacional da Dis tribuição de Veículos Automotores no Paraná (Fenabrave-PR), que indicam um aumento nas vendas de 5 mil unidades mensais durante o período de IPI menor.

A partir da próxima quarta-feira, o IPI reduzido chega ao fim – os modelos com motor flex 1.0 terão a alíquota do IPI reajustada de 3% para 7%. Já os veículos flex com motor entre 1.0 e 2.0 cilindradas, o imposto passará de 7,5% para 11%. Apesar disso, na prática o benefício ainda poderá ser aproveitado pelos consumidores até o dia 10 de abril. Em alguns casos, essa “prorrogação” – proporcionada pelos estoques das concessionárias – pode chegar até o fim do próximo mês. Os veículos comprados das fábricas e faturados até o dia 31 ainda serão vendidos com o desconto na alíquota. Como, em geral, as concessionárias trabalham com um estoque médio entre 10 e 30 dias de vendas, a estratégia poderá render bons negócios até mesmo para manter o mercado aquecido neste período pós-IPI.

Segundo a Fenabrave-PR, entre 10 de dezembro de 2008, quando o governo adotou a medida, e 31 de março deste ano – a redução do IPI terá contribuído para um aumento médio de 25% nas vendas de veículos no Paraná. No períodos de pico, as vendas atingiram 30 mil unidades em um mês, recorde histórico que pode ser superado agora em março, de acordo com as estimativas dos vendedores. A expectativa é de que os últimos dias de desconto elevem em até 30% a média de vendas em relação a média dos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

Concessionárias

O diretor comercial do grupo Servopa, Marco Antonio Rossi, afirma que seu estoque deve permitir aproximadamente dez dias de vendas sem o repasse do IPI no preço dos veículos. “Pelo menos neste período temos estoque suficiente e aguentamos tranquilamente. Mas isso não garante que teremos todos os itens até o fim do prazo”, avalia. Segundo ele, a tendência é de que as opções de modelos fiquem cada vez mais restritas, principalmente no caso dos veículos da chamada “linha de entrada” – carros sem opcionais, com preços mais baixos – que representam 70% das vendas do setor.

O gerente da marca Ford Center do Grupo Barigüi, Hamilton Milani, garante que, mesmo após o fim do prazo, os preços serão reajustados em cerca de 4% apenas para reposição da alíquota do imposto. “Não há a perspectiva de repasse de novas altas para o preço dos veículos”, garante.

O presidente da Fenabrave-PR, Luiz Antonio Sebben, diz que o mercado vê como “natural” uma possível queda nas vendas nos meses posteriores ao fim da redução do imposto, e acredita que a tendência é de estabilização em um patamar capaz de sustentar a dinâmica e os empregos do setor. “Em 2010 esperamos crescer 10% em relação às vendas de 2009. Se não tivéssemos tido um esforço conjunto do governo federal – que reduziu o IPI –, das montadoras – que continuaram produzindo –, e das concessionárias – no esforço de vendas –, com certeza os números de 2009 seriam inferiores aos de 2008. No entanto, as vendas cresceram 12,6% em todo o país”, avalia Sebben.

Fonte: Gazeta Online

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