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Da Conclat à Conferência - O Brasil é outro, e melhor

Da 1ª Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), em agosto de 1981, à Conferência Nacional, em junho deste ano, vai uma enorme diferença. Texto publicado na revista Retrato do Brasil mostra como era nosso País: “Quando a Volkswagen do Brasil decidiu cortar 15% de sua folha de pagamentos, reagindo, no início de 1981, à brutal queda de vendas, cerca de seis mil metalúrgicos foram colocados na rua da noite para o dia”. Diz mais o texto: “Ao todo, cerca de 10 mil metalúrgicos peregrinam de porta em porta de fábrica ou fazem biscates pelas ruas da cidade”.

No Rio de Janeiro, a situação não era melhor. A Retrato registra: “Um simples anúncio na seção de classificados dos jornais cariocas, oferecendo 352 vagas na Rede Ferroviária Federal, provocou a corrida de uma multidão de mais de 30 mil pessoas às portas da Estação Barão de Mauá”.

Na época, o Brasil era governado por Figueiredo, o último dos generais presidentes do ciclo autoritário. O PIB caía, deixando para trás a euforia do milagre brasileiro; o movimento social ganhava força em duas frentes: na luta pela volta do Estado de Direito e nas demandas sindicais que cresciam.

Hoje, às vésperas da Conferência, o Brasil é governado por Lula, um destacado sindicalista dos anos 80, e o País cresce a taxas impressionantes, gerando um grande número de empregos. E o movimento sindical, mais uma vez, está na ofensiva.

Em 1981, com o PMDB à frente, a volta dos exilados e a reorganização das forças comunistas e trabalhistas, as forças populares conduziam as lutas sociais e o sindicalismo era a vanguarda dessa luta. Hoje, como bem atesta entrevista de Marcio Pochmann ao Valor Econômico (de 28 a 30/maio, página 16) “os partidos perdem influência, ao contrário dos Sindicatos”, que, para ele, ganham caráter nacional.

Evidentemente que numa conjuntura de crise econômica e decadência política do regime, a questão do emprego, o combate à carestia e a volta da democracia fossem o centro da Conclat em agosto de 1981. Mas havia também a questão sindical, com a hegemonia em disputa frente à onda de renovação nas entidades. E hoje? Há uma forte convergência do sindicalismo e as Centrais, com pequenas diferenças no particular, atuam conforme uma pauta unitariamente construída.

Dados - A Conclat de 1981 reuniu todas as forças do sindicalismo brasileiro. Delegados: 5.247; Sindicatos urbanos: 480; rurais: 348; associações de funcionários: 32; associações pré-sindicais: 176; Federações urbanas: 33; Confederações: 4. Total de entidades: 1.073. A representação rural, com 1.050 representantes, chegava a 20% dos participantes na Conclat. O setor operário correspondia a 42% dos presentes na conferência (2.200 delegados); o setor de serviços chegava a 38%.

Conferência de 1ºde junho de 2010: 30 mil participantes, entre dirigentes e ativistas sindicais. Organização da Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil. Participam também Fórum Sindical dos Trabalhadores, que representa 15 Confederações Nacionais, Federações e centenas de Sindicatos de todo o País.

Rumos - Com economia aquecida, mais empregos e disputa eleitoral pela frente, a Conferência deste ano vai produzir um documento que, além de analisar a conjuntura, vai propor medidas econômicas, sociais e políticas no rumo do desenvolvimento nacional, com soberania e distribuição de renda.

Da Conclat à Conferência: o Brasil melhorou muito. Só não vê quem não quer!

Fonte: Agência Sindical

Desenvolvido por Agência Confraria

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