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FAO: Brasil terá maior expansão agrícola da próxima década

Esse é o prognóstico da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura -, que divulgou nesta terça-feira, em conjunto com a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - o relatório Perspectivas Agrícolas 201-2019.

A Rússia tem o segundo melhor cenário agrário do mundo, com possibilidade de crescer 26%, pouco mais do que a China e a Índia. Já a União Européia deve ficar com uma expansão agrícola em torno de 4%.

A cana-de-açúcar deve ser o carro-chefe desse desenvolvimento rural brasileiro. Mas a soja, o milho e outros oleaginosos vão ter destaque na produção. O Brasil deve responder por metade das exportações de açúcar e mais de 60% do fornecimento de carne para outros países.

Entre os maiores

O Brasil figura junto com China, Rússia, Índia e Ucrânia entre os maiores produtores agrícolas da próxima década, segundo um informe conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) apresentado terça-feira (15) em Roma.

"O Brasil é o produtor agrícola com um crescimento mais rápido, e um aumento previsto de 40% até 2019", sustenta o informe ilustrado à imprensa por Jacques Diouf, diretor-geral da FAO, e pelo mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE.

Cresce o número de famintos

O documento aponta para um crescimento da produção agrícola mundial mais lento durante a próxima em comparação com os últimos dez anos e calcula que os preços médios dos alimentos subirão entre 2010 e 2019, pelo que "persiste a preocupação" com o aumento do número de pessoas com fome no mundo.

O aumento da produção agrícola será superior a 20% na Rússia, Ucrânia, China e Índia, estima o documento "Perspectivas Agrícolas". Para o secretário-geral da OCDE, o mexicano Angel Gurría, "o setor agrícola mostrou sua capacidade de resistência às recentes instabilidades de preço e à crise econômica".

O especialista latino-americano convidou os governos a colocarem em marcha "medidas para garantir que futuros agricultores contem com as ferramentas para enfrentar riscos futuros, como contratos de produção, sistema de seguros e mercados de futuros", disse.

Países em desenvolvimento

Por sua vez, o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, advertiu que "o papel dos países em desenvolvimento nos mercados internacionais cresce de forma rápida e condiciona cada vez mais o mercado mundial". "Seu papel e contribuição às questões políticas globais é de grande importância", explicou.

Diouf lembrou que apenas 2% da população dos países desenvolvidos produzem a quantidade de alimentos requerida em seus países, enquanto nos países em desenvolvimento essa porcentagem é de 60 a 80%.

O diretor-geral da FAO instou a comunidade internacional a estabelecer um código de conduta que regulamente o setor e coordene conhecimentos e atividades na luta contra a fome e a desnutrição no mundo.

A OCDE espera que o código de conduta, cujas negociações são realizadas na sede central da FAO em Roma, regulamente os investimentos, assim como o monopólio de terras e chegue a eliminar os subsídios, que alteram o mercado.

1 bilhão desnutridos

O informe reconhece que embora "o mundo produza o suficiente para alimentar sua população, os recentes aumentos de preços e a crise econômica contribuíram para o crescimento da fome e para a insegurança alimentar".

Segundo os dados da FAO, cerca de um bilhão de pessoas sofrem de desnutrição, o que traz a necessidade não apenas de aumentar a produção e a produtividade agrícola, mas também de "regulamentar o sistema comercial", sustentam os autores do informe.

"Se os preços dos alimentos continuarem altos de forma contínua, seguirão afetando negativamente a segurança alimentar, em especial entre a população pobre que destina uma parte importante de sua renda para comprar alimentos", explicam a FAO e a OCDE.

Fonte: O vermelho

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