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Para entidades, Copom ignora fato da inflação estar sob controle

"O Copom continua exagerando na dose de conservadorismo. Com a inflação sob controle, com deflação apurada por alguns indicadores, recuo nas vendas e desaceleração do emprego, o Comitê poderia acertar a dose e manter os juros básicos da economia", afirmou Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ.

A Fecomercio-SP foi na mesma linha ao avaliar que o aumento da Selic mostra um "medo exagerado" da autoridade monetária com relação às expectativas de inflação, ainda mais quando se considera os sinais de arrefecimento da economia nos últimos meses.

O diretor executivo da Fecomercio-SP, Antonio Carlos Borges, classificou o reajuste como desnecessário. "As ações do BC têm se mostrado inapropriadas e ineficientes nesse momento", acrescentou. Borges lembrou que as alterações na Selic levam de quatro a oito meses para surtirem efeito na economia real.

Mesmo assim, observou o diretor executivo, o efeito psicológico já afetou alguns consumidores, que estão menos dispostos a comprar.

Já o presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse ver "com algum alento" a decisão do Copom. No entanto, argumentou que diversos dados da economia divulgados recentemente já trazem desaceleração do ritmo de atividade.

Além disso, ressaltou que o próprio índice de atividade econômica produzido pelo BC, referente a maio, aponta estabilidade do Produto Interno Bruto (PIB).

"Somados a isso, diversos indicadores antecedentes, como a produção e venda de veículos, produção de papel ondulado e consumo de energia elétrica confirmam o quadro de clara redução no ritmo de crescimento já no segundo trimestre deste ano", assinalou Andrade.

O presidente da CNI teme que a persistência desse processo de aperto monetário possa provocar a redução do ritmo de crescimento dos investimentos, que considera um aspecto fundamental para o desenvolvimento sustentado.

A Fiesp e o Ciesp também acreditam que a geração de postos de trabalho será a maior prejudicada com a opção pelo aumento da taxa. "Quando a insistência da política de juros altos, na contramão da realidade econômica do país, prejudica o crescimento e tira da sociedade emprego e renda, quem trabalha e produz fica desmotivado. Isso não é bom para o Brasil", alegou Rafael Cervone, presidente em exercício do Ciesp.

Centrais repudiam decisão

O presidente em exercício da Força Sindical, Miguel Torres, também lamentou o resultado da reunião do Copom e previu que a medida irá aumentar a "trava" para a produção e a geração de empregos. "Lamentamos profundamente que o Brasil esteja virando um paraíso para os especuladores do mundo inteiro".

Em nota, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) avalia que o aumento da taxa de juros visa a desacelerar o consumo da economia na mesma medida em que retém o seu crescimento. "É o que se está fazendo. Os tecnocratas da ala conservadora do Banco Central deveriam buscar outras formas de intervenção, como partir para uma ação concreta de estímulos aos investimentos produtivos, mesmo porque o País não caminha para um "superaquecimento da economia", diz o documento.

A CTB avalia ainda que "essa política de alta na taxa básica de juros beneficia apenas os banqueiros e só serve para desestimular o investimento produtivo prejudicando as contas públicas". PAra a Central, "é um balde de água fria na aquecida economia brasileira, que demonstrou recentemente, através do PIB, uma imensa capacidade para o crescimento com geração de emprego e renda".

Fonte: O vermelho

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