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Ganho da indústria é recorde

A indústria brasileira nunca ga nhou tanto dinheiro. É o que mostrou a pesquisa Indicadores Indus triais de setembro, divulgada on tem pela Confederação Nacio nal da Indústria (CNI). O resultado do mês superou o pico anterior, de março deste ano, e também o maior resultado do período pré-crise, de julho de 2008.

Em setembro, o indicador de faturamento real (já descontada a inflação) do setor industrial alcançou 120,3 pontos, contra 119,6 pontos em março deste ano e 118,9 em julho de 2008. A pesquisa utiliza como índice a base fixa de 100 pontos, que equivale à média obtida em 2006, data de início da publicação.

Esses dados reforçam o quadro de otimismo revelado por uma pesquisa de opinião da própria CNI. Segundo a Sondagem Indus trial do terceiro trimestre, publicada na semana passada, os empresários estão “satisfeitos com a margem de lucro operacional e a situação financeira de suas empresas” pela primeira vez em três anos.

No estudo divulgado ontem, a CNI destacou que “o faturamento mostra um movimento intercalado entre crescimento e queda durante praticamente todo o ano de 2010”. Entretanto, os números acumulados no ano são inequívocos em apontar o bom momento do caixa da indústria. De janeiro a setembro, o faturamento real do setor foi 11,3% maior que o do mesmo período desde 2009. Na comparação com os nove primeiros meses de 2008, até então o melhor momento da história re cente da indústria brasileira, também houve alta, de 3,1%. Sinais de que, ao menos quanto ao faturamento, o setor já superou a crise.

Essa é a realidade da “média” do setor. Na divisão por segmentos, a comparação com 2009 mostra que, dos 19 ramos pesquisados pela CNI, 17 estão ganhando mais dinheiro neste ano, com destaque para edição e impressão (alta de 25,6%), máquinas e equipamentos (22%) e veículos (20,7%). As exceções são refino de petróleo e álcool, cujo faturamento recuou 6,7%, e outros equipamentos de transporte, com baixa de 1,4%.

Em relação a 2008, o cenário é menos homogêneo: cinco segmentos ainda não conseguiram bater o faturamento dos nove primeiros meses daquele ano – madeira, refino de petróleo e álcool, borracha e plástico, metalurgia básica e material eletrônico e de comunicações.

Emprego

O emprego industrial cresceu pelo 15.º mês seguido e voltou a bater recorde em setembro. No acumulado de 2010, a expansão é de 5,3% em relação a igual período de 2009. Entre 19 segmentos industriais, apenas o madeireiro emprega menos gente que em 2009 (-5,5%). Por outro lado, nove ramos ainda não retomaram o patamar de emprego de 2008.

A massa salarial avançou 1,1% sobre agosto, e 6,8% ante setembro do ano passado. Em 2010, ela acumula alta de 6,1%. O rendimento médio do trabalhador cresceu 0,5% sobre agosto, mas caiu 0,3% em relação a setembro de 2009. O indicador acumula leve alta de 0,7% nos nove primeiros meses de 2010.

Ainda segundo a CNI, a Utili zação da Capacidade Instalada (UCI) na indústria recuou pelo segundo mês seguido e chegou a 81,9%, em setembro. Em agosto, o indicador estava em 82,2%.

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Produção cai pelo segundo mês seguido

Paralisações nas atividades de petróleo e químicos e importações de bens de capital e do setor siderúrgico levaram a produção industrial a registrar mais uma queda em setembro, a segunda consecutiva. O recuo de 0,2% ante o mês anterior repetiu o resultado de agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta tística (IBGE).

Para o economista da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Es tatística (IBGE) André Macedo, o setor prossegue na trajetória de “estabilidade”. A indústria fechou o terceiro trimestre com recuo de 0,5% ante o segundo trimestre. No acumulado do ano, no entanto, ainda acumula expressiva alta de 13,1%.

O resultado negativo de setembro já era esperado por analistas econômicos, que preveem uma aceleração na produção no último trimestre do ano. O economista da Link Investimentos Thiago Carlos, avalia que, a partir dos dados de outubro, o impacto das festas de fim de ano deve gerar uma movimentação maior na atividade. Ele não modificou a expectativa de expansão de 11,2% no acumulado de 2010 – resultado que, se confirmado, será o melhor da série histórica, iniciada em 1991.

O analista Bernardo Wjuniski, da Tendências Consultoria, avalia que a queda no terceiro trimestre reflete um ajuste de estoques na indústria após a forte aceleração do início do ano e a perda de ritmo do segundo trimestre. “Com o término desse ajuste, a produção deve voltar a crescer incentivada, principalmente, pela demanda doméstica”, acredita.

Bens de capital

A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos para a indústria), que sinaliza o desempenho dos investimentos, mostra “claramente um comportamento negativo nos últimos meses”, segundo Macedo, do IBGE. Depois de ficar estável em julho e agosto, ela caiu 2,6% em setembro. Para o economista, “não há explicação pronta para esse comportamento, que passa por vários fatores, como possível aumento das importações de máquinas e equipamentos, crescimento muito forte anterior que elevou a base de comparação e estabilidade na confiança dos empresários”.

Fonte: Gazeta Online

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