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Buracos nas ruas viram problema em todos os bairros de Curitiba

Fonte: Bem Paraná

Entra ano e sai ano e os curitibanos continuam a conviver com um problema que aflige motoristas e pedestres: a falta de qualidade das ruas da cidade. Principalmente no verão, quando chove mais, é que o transtorno fica mais aparente em Curitiba. São buracos nas ruas por todos os lados e por todas as regiões. A reportagem conversou com curitibanos de todas as partes da cidade e constatou que o problema no asfalto é democrático, atingindo dos bairros mais pobres aos mais ricos. A maior diferença fica por conta do tipo do problema. Enquanto nos bairros mais nobres sobra remendos e falta sinalizações, nos bairros mais periféricos as crateras são os desafios diários dos motoristas.
Na regional Boqueirão (sul da cidade), por exemplo, o que mais chama a atenção dos curitibanos são os contrastes. A 200 metros da Linha Verde, no bairro Hauer, duas ruas incomodam muito quem passa por ali: as ruas Professor José Nogueira dos Santos e Frei Henrique de Coimbra. Quando comprou o apartamento na planta próximo dali, o funcionário público Bruno Banzato imaginou que quando sua casa estivesse pronta — dois anos depois — as ruas estariam asfaltadas. Mas continuam da mesma forma da época em que Banzato conheceu o terreno, antes da compra: sem asfalto, com buracos que viram verdadeiras piscinas em dias de chuva ou levantando muita poeira em dias secos.


“É uma vergonha pensar que aqui do lado foram gastos milhões de reais para criar a Linha Verde, mas a rua que termina na nova avenida não tem sequer antipó. Eu evito de todas as formas passar por ali, mas estas ruas encurtam o caminho para entrar na Linha Verde. O problema maior é que como a rua está abandonada pela Prefeitura, as pessoas tratam a região como depósito de lixo. Até animais mortos jogam por ali”, ressalta o funcionário público.
Enquanto seu apartamento novo não fica pronto, Banzato mora no Capão Raso. Ali ele até comemora o binário da Avenida Brasília, que desafogou o trânsito na região, mas reclama que as ruas que fazem a ligação do binário estão abandonadas. “Por que a Prefeitura não faz a obra completa? A gente sai da Avenida Brasília para ir para casa, em qualquer rua entre a avenida e a Rua José Gomes de Abreu é só trepidação que o motorista encontra”, relata.


No Boqueirão a situação do asfalto também é degradante. “No geral, como um todo as ruas daqui são péssimas. A única coisa que fazem por aqui é remendo e daí não fica liso, as ruas têm ondulações. A região cresceu muito, mas a infraestrutura do bairro parou no tempo”, afirma a moradora do bairro, Luciana Leite da Silva. A rua em questão deve passar por obras neste ano, em uma extensão de 2,4 quilômetros, entre a Avenida Marechal Floriano Peixoto e a Rua Francisco Derosso, no Xaxim. “A Rua Desembargador Antônio de Paula é uma das principais ruas do Boqueirão e é uma das piores do bairro, com certeza. Ela já devia ter passado por obras há tempos”, reclama Luciana.
A comerciante cita ainda outras ruas importantes da região que estão em péssima situação. “A Avenida Marechal Floriano Peixoto, do viaduto para cá está toda esburacada. Será que a Prefeitura se esqueceu deste lado da avenida?”, questiona. As obras na avenida começaram neste ano, entre o viaduto da Linha Verde e a Rua Waldemar Loureiro Campos. A avenida passa por obras para se tornar uma via de acesso do Centro de Curitiba ao Aeroporto Afonso Pena. “Há cada buraco absurdo aqui no bairro, tem uns que ficam meses abertos e se são fechados, só com remendo. Na primeira chuva abre tudo. A impressão que se tem é que o Boqueirão está na zona rural de Curitiba, estamos abandonados”, desabafa Luciana.


Na Cidade Industrial de Curitiba, no Oeste da Capital, os moradores precisam improvisar para conseguir escapar dos mesmos buracos que atrapalham a vida da Luciana e de Banzato. “Por aqui as pessoas estão colocando cabos de vassouras nos buracos para sinalizar. Só que são muitos buracos. Alguns são cobertos com piche e pedra, mas na primeira chuva não existe mais. É terrível de trafegar por aqui”, relata a técnica em química, Cleia Aparecida de Oliveira. “Não temos grandes obras por aqui, o que mais vemos são os reparos, que duram pouco”, afirma.
Cleia conta que as ruas do bairro, na região da Vila Nossa Senhora da Luz, são muito estreitas e mal sinalizadas, prejudicando inclusive o transporte público. “Será que custa tanto para a Prefeitura pintar as faixas amarelas para proibir que se estacione pelas ruas onde passam os ônibus? Cortar o matagal para que os pedestres possam passar?”, questiona.

Desenvolvido por Agência Confraria

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