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Supermercados infringem lei estadual sobre empacotadores

Fonte: Estado do Paraná

Uma simples ida ao supermercado pode fazer o consumidor comprovar a falta de empacotadores junto aos caixas. No Paraná, desde dezembro do ano passado é obrigatório que se tenha um empacotador para cada caixa de supermercado (nos estabelecimentos com mais de 12 caixas), de acordo com a lei estadual n.º 16.649, proposta pelo deputado Fábio Camargo (PTB).

No entanto, sem fiscalização, na prática pouca coisa mudou. Nesta semana, o deputado estadual Roberto Aciolli (PV) se pronunciou na Assembleia Legislativa do Estado sobre a falta dos empacotadores e como o descumprimento da lei deixa de gerar empregos, inclusive para pessoas idosas, por exemplo. “Os supermercados estão transferindo uma responsabilidade que é deles para o consumidor. De agora em diante eu vou andar com essa lei no bolso e apresentar sempre que for necessário”, discursou o deputado.

Justificativa

Do lado dos supermercados, a falta de empacotadores é justificada pela dificuldade atual de se contratar funcionários para o setor em geral, situação que vem se agravando há mais de um ano, de acordo com análise da Associação Paranaenses de Supermercados (Apras). “Temos de 3 mil a 4 mil vagas, cerca de 5% do total, em aberto para os supermercados. De modo geral, a obtenção de mão de obra está difícil, assim como para contratar pedreiros e empregadas domésticas, por exemplo”, afirma o superintendente da Apras, Valmor Rovaris.

Não há um levantamento específico sobre a falta de empacotadores. “Quando tentamos contratar caixas e não conseguimos, alguns empacotadores mudam de função e por isso contribui para a redução desses profissionais”, complementa Rovaris. Ele lembra que a situação de falta de profissionais, antes verificada apenas em Curitiba, tem se intensificado em grandes cidades do interior do Estado, como Londrina, no norte do Paraná.

Sobre a lei que exige um empacotador por caixa, o superintendente da Apras adianta que a instituição está estudando a possibilidade de se questionar a inconstitucionalidade da iniciativa estadual. “As empresas têm autonomia sobre o seu próprio negócio e podem decidir se colocam empacotadores ou não”, defende.

Enquanto a polêmica sobre os empacotadores continua, alguns hipermercados investem em uma proposta para troca das sacolas de plástico por embalagens retornáveis, amparados pelo apelo ambiental. “Mas esse ainda é um hábito do consumidor que é difícil mudar a curto prazo”, analisa Rovaris.

Desenvolvido por Agência Confraria

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