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Etanol vai baratear nas bombas a partir da próxima semana

Fonte: Parana on line

Está com os dias contados o impacto negativo que o período de entressafra da cana-de-açúcar acarretou para o bolso dos motoristas paranaenses nos últimos meses, que se depararam na bomba com valores do litro beirando R$ 2 em boa parte do Estado. Na próxima semana, quatro das 30 indústrias paranaenses que processam cana entram em operação com a colheita da safra 2011/2012 no Estado, que está estimada em 47 milhões de toneladas, 8 milhões de toneladas a mais do que na safra passada. No decorrer de março, um total de 14 usinas completará o mês em plena atividade, prometendo ajudar a pressionar para baixo os preços de todas a cadeia produtiva.

De acordo com a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), o etanol na usina já reflete o fim da entressafra e a reversão na tendência de alta. Contudo, distribuidoras e postos de combustíveis seguem sustentando valores elevados, para ampliar suas margens. Ambas estão amparadas no mercado interno fortemente aquecido pelo incremento da frota de carros em circulação e a renovação de parte desse universo com os veículos flex.

No acompanhamento semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), tanto na capital quanto no interior, fevereiro registrou preços 80% mais elevados do que os praticados pelas usinas, que têm negociado o produto por valores entre R$ 1,18 e R$ 1,20. No caminho entre postos e distribuidoras, na média, mais R$ 0,20 por litro de etanol são acrescidos no preço final pago na bomba pelos consumidores.

Impostos em cascata e custos operacionais ajudam a formar o valor final, mas o lucro também tem inflacionado sobremaneira o preço do combustível. “O cenário de consumo interno de 2010 e deste ano para as distribuidoras está sensacional, a ponto de não se prospectar vender nem uma gota de etanol para o mercado externo”, reconhece o diretor executivo da Ecoflex Trading e Logística, Marcelo Andrade. “Vende-se açúcar para fora e etanol para o nosso mercado”, observa.

Mesmo se as cotações internacionais do açúcar seguirem muito atraentes, a Alcopar descarta uma migração drástica para a produção do produto em detrimento do álcool. “Apenas duas unidades industriais, que produziam integralmente álcool, resolveram investir em maquinário para também produzir açúcar também”, informa o superintendente da Alcopar, José Adriano da Silva Dias. “Em termos percentuais, isso deve fazer com que a produção de açúcar no Estado seja 2 ou 3% maior do que o álcool, porém o Estado vai manter a proporção de quase 50% para cada um dos subprodutos da cana”, acrescenta.

Com relação ao comportamento dos preços do etanol nas próximas semanas, o superintendente é categórico: vai baixar. “Historicamente, e pelas leis fundamentais da economia, quando aumenta a oferta o preço baixa. Salvo algum problema muito grave na distribuição de chuvas, que impedem a colheita, os preços do etanol começarão a recuar”, avisa Dias.

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