Trabalhadores reivindicam que área da fábrica Flaskô se torne bem público
Fonte: Brasil de Fato
A Flaskô – única fábrica ocupada por trabalhadores em funcionamento no Brasil – luta pela aprovação do Projeto de Lei (PL) que declara como área de interesse social o espaço em que funciona. Além da fábrica, nesse terreno estão a Vila Operária e a Fábrica de Esportes e Cultura.
Ocupada em 2003, após os antigos donos abrirem falência por dívidas financeiras, a Flaskô teve sua produção retomada por iniciativa dos trabalhadores. A fábrica fica em Sumaré, cidade no interior paulista, e produz reservatórios e tonéis plásticos.
O objetivo dessa luta é a estatização da fábrica, com controle dos trabalhadores, para que ela se torne um bem de toda a sociedade, afirmou o Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô, Pedro Santinho.
“Nós lutamos para que a fábrica, em primeiro lugar, seja estatizada e transformada em uma fábrica que efetivamente possa crescer e se desenvolver, preocupada com o conjunto dos trabalhadores”.
A declaração de interesse social é o início para que a fábrica, a vila e o espaço de lazer sejam estatizados. Primeiro a área seria desapropriada e depois transformada em patrimônio municipal.
No caso da Vila Operária, a reivindicação é para que os lotes sejam regularizados e o direito à moradia seja garantido para as mais de 350 famílias que moram no local. Após seis anos de existência, a Vila não possui água encanada, saneamento básico, iluminação pública e ruas asfaltadas.
Para debater o PL, está marcada para essa quinta-feira (31), às 19h, uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Sumaré. Foi convocada uma manifestação para a mesma data, com início às 15h na Flaskô, seguindo depois para o centro da cidade.