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O emprego na indústria do Paraná

Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstram aquecimento do mercado de trabalho industrial paranaense, no primeiro quadrimestre de 2011. Mas precisamente,  emprego, massa de salários reais e remunerações médias cresceram 3,8%, 8,9% e 4,9%, respectivamente, em relação ao quatro primeiros meses de 2010, contra 2,4%, 6,1% e 3,6%, respectivamente, para o parque fabril do País.

Neste começo de ano, o Estado registrou a 2ª melhor performance entre as unidades de federação, ficando atrás apenas da Bahia (4,1%), em contingente ocupado, de Pernambuco (10,0%) em folha de pagamento, e de Minas Gerais (7,6%) em salário médio. Isso permite supor a predominância, nas decisões das empresas, das intenções de preservação dos patamares de ocupação de mão-de-obra e de renda, e, consequentemente, de manutenção das apostas setoriais quanto à continuidade da recuperação da economia brasileira em médio prazo, a despeito de uma provável inflexão no 2º semestre, ainda que moderada, como resultado das medidas monetárias de combate à inflação que vem sendo implementadas pelo Banco Central (BC).

O dinamismo do mercado de trabalho manufatureiro regional tem sido ancorado nas atividades de metalurgia e produtos de metal, máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicação, meios de transporte e alimentos, fruto da expansão dos principais vetores dos negócios no Estado, particularmente construção civil, agronegócio e parque automotivo - estes dois últimos também atrelados aos mercados externos -, reforçada pelo ingrediente inercial representado pelo crédito ao consumidor.
Por sinal,  o amparo dos recursos financeiros de terceiros deve perder peso, no restante do ano, em face por conta do alcance do limite técnico de endividamento primário da população, atestado por indicadores levantados pelo Banco Central, Serasa Experian e Associações Comerciais, em um cenário de diminuição da disponibilidade de crédito e impulsão dos juros, que representam os eixos da política de combate à inflação do governo federal.

Contudo, os dados da PIMES, cobrindo essencialmente o curto prazo, permitem uma interpretação mais estrutural. As estatísticas apuradas expressam um desejo de crescimento sustentado da indústria brasileira, em médio e longo prazo, plenamente incorporado no comportamento do mundo corporativo que, não abdica dos ativos conquistados nas últimas duas décadas, especialmente a estabilidade monetária e institucional, e pleiteia a implantação de uma derradeira geração de reformas, capaz de assegurar trunfos adicionais ao presente circulo virtuoso.

Para tanto, é crucial a realização de relevantes reparos na macroeconomia conjuntural, com ênfase para a diminuição dos juros e a depreciação do câmbio, e a formulação de ações visando à elevação da competitividade sistêmica do aparelho produtivo do País, capitaneadas por inversões em infraestrutura e pesquisa e desenvolvimento, fruto de um arranjo entre as demandas do setor privado e as iniciativas coordenadoras e indutoras do governo. Aliás, este último ingrediente foi buscado e praticado ao extremo no Paraná, nos primeiros seis meses de 2011.

Gilmar Mendes Lourenço, é Economista, Presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), professor do Curso de Economia e Editor da revista “Vitrine da Conjuntura” da FAE e autor do livro “Conjuntura Econômica: Modelo de Compreensão para Executivos”. Ele escreve às Quartas-Feiras neste espaço

Fonte: Bem Paraná

Desenvolvido por Agência Confraria

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