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Mantega: atuação política do BNDES na fusão Pão de Açúcar-Carrefour seria inadmissível

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que seria "inadmissível" uma atuação politica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no projeto de fusão do gigante francês Carrefour com o Pão de Açúcar.

- É uma decisão comercial. É preciso que o BNDES justifique sua atuação nesta questão, de que é uma questão eminentemente comercial - disse o ministro, descartando a possibilidade de pressão politica.
Mantega respondeu aos críticos que dizem que o papel do BNDES é financiar infraestrutura no pais e não indústrias privadas do varejo.
- O BNDES pode financiar muitos setores no Brasil. É uma decisão do BNDES, não é uma decisão do governo. O governo não se mete nesta questão. É uma questão comercial privada.
Num seminário da revista inglesa "The Economist", o diretor-executivo do BNDES, Luiz Eduardo Melin, defendeu a fusão, dizendo que trata-se de um "projeto que cria valor para todos os envolvidos" e ganhos no mercado interno e externo.
Melin argumenta que a fusão permitiria o ingresso de produtos brasileiros em mais de 30 paises. Na França, porém, uma pessoa próxima das negociações entre Carrefour e Pão de Açúcar, que falou na condição do anonimato, engrossou o coro de especialistas que não acreditam que o projeto irá possibilitar a entrada de produtos brasileiros no país.
- É prematuro dizer isso. O projeto não é para isso. É um projeto para criar um campeão brasileiro - disse a fonte.
O Casino argumenta que uma fusão com o Carrefour é estrategicamente errada por dois motivos: o forte do grupo é hipermercados, uma tendência de consumo em baixa, e o grupo está fortemente implantado na Europa, que está crise. Sobre isso, Melin disse que o BNDES não tem nada a dizer.
- Isso é estritamente assunto do setor privado. Não temos que ter qualquer posição. Que o negócio no Brasil vai bem, vai bem, obrigado. Precisamos sair do pensamento local e pensar globalmente: estamos falando da possibilidade de penetração de mercados no planeta - insistiu.
Melin disse que a polêmica em torno do projeto de fusão "é mais fumaça do que fogo." O BNDES - insistiu - agiu de forma técnica.
- Se o Casino apresentar projetos nesta direção, avaliaremos com a mesma isenção técnica - disse Melin.

Fonte: O Globo

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