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Onda de protestos ganha força em Israel e pressiona premiê

Depois do maior protesto social da história de Israel, que reuniu 300 mil pessoas nas ruas de várias cidades do país no sábado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se viu pressionado e anunciou neste domingo a criação de uma comissão de ministros, observadores e especialistas para negociar com os representantes das manifestações.

Os protestos por justiça social e contra o aumento do custo de vida começaram no dia 14 de julho, quando a população acampou em Tel Aviv, revoltada com os preços de moradia. Desde então, o movimento foi ganhando adesões.

Os manifestantes israelenses pedem a construção em massa de alojamentos para locação a preços baixos, aumento do salário mínimo, a imposição de taxas sobre as casas desocupadas e a gratuitidade do ensino.

A onda de insatisfação já levou à montagem um grande acampamento no centro de Tel Aviv, formado por jovens que reclamam do preço dos aluguéis. Outras cidades seguiram o exemplo, e as barracas se espalharam pelo país. Usando bandeiras israelenses e algumas bandeiras vermelhas, os manifestantes de Tel Aviv bradavam: "o povo exige justiça social", "o povo contra o governo".

Eles exibiam cartazes pedindo "solidariedade" e uma grande faixa com a inscrição "isto é o Egito", em referência ao movimento popular que derrubou o presidente Hosni Mubarak.

As manifestações foram pacíficas até agora.

Jornais israelenses consideraram a manifestação de sábado como um grande desafio para o governo de Netanyahu, e que os protestos ameaçam sua permanência no poder. "Um novo país", foi a manchete do Yediot Aharonot, principal jornal de Israel.

Fonte: Vermelho

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