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Investimento estrangeiro reflete confiança no Brasil

Nesta quarta (17), ao apresentar o boletim Conjuntura em Foco, no Rio de Janeiro, o economista destacou que o crescimento intenso dos investimentos diretos começou no final de 2010 e vem mantendo o ritmo. Mas alertou que parte desse capital pode estar "maquiada", ou seja, que parte significativa de IED esteja sendo direcionada para ganhos especulativos no mercado de ações.

"A economia brasileira se tornou atrativa em função dos dois canais de internalização do capital externo. Em primeiro lugar, pelo fato de que há uma confiança maior no comportamento da economia brasileira. O outro fato é o movimento de capital, que pode estar refletindo, de certa maneira, drible das medidas de controle de capital recentemente adotadas pelo governo e que esse capital esteja entrando como investimento direto, mas, para, na verdade, tirar vantagem do diferencial de juros entre a economia doméstica e a economia internacional", explicou.

O registro de entrada de capital como IED exige participação mínima de 10% em capital social de uma empresa com direito a voto. Segundo o economista, nada impede que, por exemplo, uma compra de participação de 11% em ações, por meio de IED, seja liquidada em seguida, fazendo com que perca efeito toda a exigência de compromisso empresarial de longo prazo esperada.

E como não existe uma fiscalização do destino desse dinheiro, ainda abre-se a possibilidade de formação de novas sociedades anônimas com aplicações em fundos de investimentos financeiros, isentas da tributação de 6% exigida sobre o ingresso de investimentos em carteira (economia doméstica).

"O capital especulativo valoriza a taxa de câmbio, diminui a produtividade e a competitividade das indústrias residentes aqui em relação aos seus competidores externos e isso faz com que haja uma tendência de desaceleração da taxa de investimento industrial."

Messenberg ainda avaliou as expectativas de crescimento sustentável do país e a evolução das variáveis econômicas, como mercado de trabalho, consumo e produtividade. Segundo ele, o Ipea mantém a expectativa de crescimento entre 4% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, mas está trabalhando com sinal amarelo aceso, principalmente em função de uma tendência de desaceleração do investimento público, recentemente apontado como grande impulsionador do crescimento da economia brasileira.

"Outro sinal de preocupação é o impacto da turbulência internacional sobre as expectativas empresariais e no mercado financeiro, que acabam fornecendo custo de capital para o investimento. Esses dois focos de instabilidade podem comprometer o cenário básico com que vínhamos trabalhando de um comportamento mais estável das variáveis e do investimento. O cenário básico está mantido, mas o risco dele aumentou", acrescentou.

Fonte: Vermelho

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