Portal do SMC - Acesse aqui

Fique Ligado

Até os padres são contra a caríssima visita do papa a Madri

Um fórum de sacerdotes estima que a passagem do religioso pela capital espanhola deva gerar gastos de cerca de 60 milhões de euros, sem incluir despesas com segurança. Segundo eles, o valor não é tolerável em um momento de cortes radicais no setor público e de índices de desemprego a 20%.


A polêmica despertada pela visita do pontífice ao país ibérico, que já gerou protesto de rua liderado pelos jovens, é emblemática das prioridades e contradições do capitalismo espanhol, capitaneado pela social-democracia. 

Tal como ocorre em outros países do velho continente, a conta da crise criada pela classe dominante é apresentada aos mais pobres, geralmente integrante da classe trabalhadora, que paga com o desemprego, arrocho dos salários e redução de direitos. Mas parece não faltar dinheiro público para grandes capitalistas e banqueiros falidos. Nessas condições, é mais do que justa e compreensível a revolta popular contra a nababesca viagem de Bento XVI, que de resto tem um sentido ideológico conservador (para não dizer reacionário). 

Escárnio

É um escárnio gastar 60 milhões de euros com o líder religioso, cuja missão é ofertar o ópio do povo na forma de mensagens fantasiosas e alienantes, desviando a atenção da crise e sublimando a revolta popular. 

A visita de Bento XVI faz parte do Dia Mundial da Juventude, apoiado por mais de 100 transnacionais, incluindo a Coca-Cola, Telefônica e Santander. Porém, por meio de redes sociais, mais de 140 grupos já se posicionaram contra o evento e planejam protestos.

O maior alvo das queixas é a gratuidade do transporte público para os cerca de 500 mil peregrinos esperados para o evento, poucos dias após o metrô aumentar o preço das passagens em 50% e anunciar o corte de cerca de 40 milhões de euros do orçamento da educação. Quem tem consciência sabe que, no frigir dos ovos, a conta da generosidade será paga pelos trabalhadores.

Tática agressiva

Segundo uma recente pesquisa do Escritório Nacional de Estatísticas da Espanha, o número de fieis entre 18 e 24 anos no país caiu 56% nos últimos dez anos. É sem dúvidas um bom sinal. Significa o crescimento da consciência crítica no seio da juventude.

De todo modo, isto serviu de pretexto ao diretor executivo do evento, Yago de la Cierva, para justificar, ao jornal britânico The Guardian, o investimento no Dia Mundial da Juventude. "Os jovens gostam de grandes eventos e a igreja usa todas as ferramentas existentes para apresentar a mensagem de Jesus Cristo".

Protestos em Catalunha

Em novembro do ano passado, uma visita de Bento XVI a Barcelona também gerou polêmica. O custo estimado foi de meio milhão de euros, além dos valores com segurança, transporte e acomodação do papa e de outras mil autoridades que o acompanham, pagos pelo governo da Catalunha.

Na cidade, houve protestos contra o posicionamento da igreja Católica em relação à homossexualidade e à proibição do uso da camisinha como medida de prevenção à gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.

A polêmica despertada pela visita do pontífice ao país ibérico, que já gerou protesto de rua liderado pelos jovens, é emblemática das prioridades e contradições do capitalismo espanhol, capitaneado pela social-democracia. 

Tal como ocorre em outros países do velho continente, a conta da crise criada pela classe dominante é apresentada aos mais pobres, geralmente integrante da classe trabalhadora, que paga com o desemprego, arrocho dos salários e redução de direitos. Mas parece não faltar dinheiro público para grandes capitalistas e banqueiros falidos. Nessas condições, é mais do que justa e compreensível a revolta popular contra a nababesca viagem de Bento XVI, que de resto tem um sentido ideológico conservador (para não dizer reacionário). 

Escárnio

É um escárnio gastar 60 milhões de euros com o líder religioso, cuja missão é ofertar o ópio do povo na forma de mensagens fantasiosas e alienantes, desviando a atenção da crise e sublimando a revolta popular. 

A visita de Bento XVI faz parte do Dia Mundial da Juventude, apoiado por mais de 100 transnacionais, incluindo a Coca-Cola, Telefônica e Santander. Porém, por meio de redes sociais, mais de 140 grupos já se posicionaram contra o evento e planejam protestos.

O maior alvo das queixas é a gratuidade do transporte público para os cerca de 500 mil peregrinos esperados para o evento, poucos dias após o metrô aumentar o preço das passagens em 50% e anunciar o corte de cerca de 40 milhões de euros do orçamento da educação. Quem tem consciência sabe que, no frigir dos ovos, a conta da generosidade será paga pelos trabalhadores.

Tática agressiva

Segundo uma recente pesquisa do Escritório Nacional de Estatísticas da Espanha, o número de fieis entre 18 e 24 anos no país caiu 56% nos últimos dez anos. É sem dúvidas um bom sinal. Significa o crescimento da consciência crítica no seio da juventude.

De todo modo, isto serviu de pretexto ao diretor executivo do evento, Yago de la Cierva, para justificar, ao jornal britânico The Guardian, o investimento no Dia Mundial da Juventude. "Os jovens gostam de grandes eventos e a igreja usa todas as ferramentas existentes para apresentar a mensagem de Jesus Cristo".

Protestos em Catalunha

Em novembro do ano passado, uma visita de Bento XVI a Barcelona também gerou polêmica. O custo estimado foi de meio milhão de euros, além dos valores com segurança, transporte e acomodação do papa e de outras mil autoridades que o acompanham, pagos pelo governo da Catalunha.

Na cidade, houve protestos contra o posicionamento da igreja Católica em relação à homossexualidade e à proibição do uso da camisinha como medida de prevenção à gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.

Fonte: Vermelho

Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.