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Corte de 1 ponto percentual da Selic ganha força no mercado

Com o quadro externo cada vez mais complexo e o "problema" cambial cercado pela disposição do governo em dar liquidez ao dólar, o comentário no mercado de juros é de que o Banco Central (BC) pode acelerar o ritmo de corte da taxa Selic.

Essa é a mensagem que se extrai do mercado de juros futuros, em que os contratos voltaram a cair com força nesta segunda-feira, 26, especialmente os de prazo mais dilatado.

Segundo operadores, o mercado passa a migrar para a possibilidade de corte de 1 ponto percentual da Selic no encontro de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Na visão do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, se o BC começou a cortar a Selic apontando para os impactos da crise externa sobre o mercado local e essa crise só tem piorado, nada mais natural do que acreditar que o ritmo de ajuste possa, de fato, ser acelerado.

"Não acreditamos nisso ainda, mas dada a imprevisibilidade do BC nos últimos meses tudo é possível", diz Vale, para quem o governo não tem muito mais apreço pela inflação, mas olha para o crescimento e a exportação de manufaturados.

Ainda de acordo com Vale, mesmo que a crise seja forte a ponto de derrubar a inflação em 2012, o quadro não deixa de ser preocupante, pois esse agravamento do cenário global deve ser acompanhado de políticas fiscal e monetária mais expansionistas.

"Isso só traz ainda mais preocupação para a inflação de 2013 e 2014. Ou seja, em qualquer das hipóteses o cenário de inflação está sombrio para frente. Tudo apenas depende do timing que a crise externa trará", diz o especialista.

O relatório Focus mostrou nova piora nas expectativas de inflação, mas isso não fez preço na curva. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o fim do ano rompeu o teto da meta de 6,5%, ao atingir 6,52%. Para o próximo ano, a mediana saiu de 5,50% para 5,52%.

Em 12 meses, a inflação projetada subiu de 5,71% para 5,76%. Dentro do Top Five, grupo que mais acerta, os prognósticos ficaram estáveis em 6,54% e 5,09% para 2011 e 2012, respectivamente.

As expectativas para Selic não sofreram alteração, sendo taxa de 11% no fim do ano e de 10,75% em 2012.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) nova contração marginal na estimativa para 2011, de 3,52% para 3,51%. O crescimento de 2012 permaneceu em 3,70%.

Fonte: Eduardo Campos, do Valor

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