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Fazendeiro escraviza pela segunda vez na mesma propriedade

Um grupo de dez pessoas - incluindo uma mulher que exercia a função de cozinheira - foi libertado da Fazenda Outeiro Grande, do reincidente Antonio Evaldo de Macedo. Entre 2008 a 2010, o empregador já constou na "lista suja" do trabalho escravo, cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), por ter escravizado cinco pessoas na mesma propriedade.

Os nove homens libertados trabalhavam na "limpeza" do terreno para formação do pastagem. A atividade principal da Fazenda Outeiro Grande é a criação de gado para corte. O flagrante de trabalho escravo ocorreu no final de agosto no município de São Mateus (MA). Conduzida pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão (SRTE/MA), pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Polícia Federal (PF), a ação foi motivada por denúncia encaminhada ao MPT por outro grupo que cansou de sofrer violências durante a empreitada na propriedade.

Auditor fiscal da SRTE/MA que coordenou a ação, Carlos Henrique Oliveira contou que houve relatos de ameaças e até de agressões pelo "gato" João Lopes da Silva, que aliciou os empregados em Codó (MA). Segundo as declarações das vítimas, o "gato" chegava até a negar alimentação básica a quem não cumprisse com a meta de produtividade determinada.

O aliciador também vendia botas, isqueiros, foices, sabão e outras mercadorias em esquema de "cantina", a preços superiores aos praticados no mercado. Tudo era registrado em um caderno e posteriotmente descontado dos salários. No final do mês, o valor efetivamente pago aos empregados não chegava nem a um salário mínimo (R$ 545). Este procedimento fez com que os trabalhadores se endividassem, procedimento conhecido como servidão por dívida, uma das características do trabalho escravo contemporâneo. As passagens de Codó (MA) para São Mateus (MA) foram pagas pelo "gato" e posteriormente cobradas na forma de descontos dos "vencimentos".

O alojamento utilizado pelas vítimas era uma escola pública municipal (foto acima). As instalações sanitárias do local não funcionavam adequadamente e, em virtude disso, não eram usadas pelas vítimas, que acabavam utilizando o mato, sem nenhuma privacidade. A água para beber, cozinhar, tomar banho e lavar as roupas era retirada diretamente de um açude (foto ao lado), próximo ao alojamento, que também era usado pelos animais da fazenda.

Nas frentes de trabalho, os empregados bebiam água armazenada irregularmente em um galão de óleo diesel. A alimentação diária se resumia basicamente a arroz e feijão.

O empregador não fornecia nenhum equipamento de proteção individual (EPI). Não havia local para as refeições, nem proteção contra intempéries. "Quando chovia", relatou o auditor fiscal do trabalho Carlos Henrique, "a única alternativa era trabalhar todo ensopado de água".

Após a fiscalização trabalhista conjunta, os trabalhadores receberam as verbas rescisórias e as guias para sacar o Seguro Desemprego para o Trabalhador Resgatado. "Os empregados foram alertados para evitarem, de todas as formas, qualquer atividade trabalhista que os levassem a se tornar novamente vítimas do trabalho degradante", conta Carlos Henrique.

A Repórter Brasil não conseguiu localizar Antonio Evaldo de Macedo para registrar a sua posição sobre esse segundo flagrante de escravidão.

Fonte: Repórter Brasil

Sarkozy dá ordens e impõe condições aos gregos

Comportando-se como ditador, o pequeno líder da França disse que não há nada a negociar, que os gregos não terão um só centavo enquanto não adotarem o plano de arrocho exigido pelo FMI. O presidente francês também se arvorou a decidir sobre o que deve ser perguntado aos gregos no referendo. A única questão que vale, diz o chefe do Palácio dos Campos Elíseos, é se os gregos querem ou não permanecer na Zona do Euro.

Este foi o recado que o presidente francês transmitiu a um humilhado primeiro-ministro grego, George Papandreu, convocado às pressas a Cannes para ouvir um pito na véspera da inauguração da cúpula do G20.

Antes, Sarkozy unificou a posição com a chanceler alemã Angela Merkel, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, e os representantes das instituições europeias (Conselho Europeu, Comissão Européia, Eurogrupo, Banco Central Europeu).

Em mais uma demonstração de que a soberania nacional é algo ultrapassado para os dirigentes europeus, eles têm manifestado a opinião de que ao invés de um referendo, o melhor é convocar eleições antecipadas e tomar medidas que consideram « duras ». Na verdade, trata-se de tentar formar um governo « forte » para tomar medidas de arrocho econômico, lesivas aos direitos dos trabalhadores, da maioria da população e que sepultam definitivamente a autonomia do país em face dos organismos supranacionais da União Europeia.

O primero-ministro grego está sendo instado a dizer se a Grécia pretende permanecer na Zona do Euro. Os líderes europeus consideram que a saída da Grécia seria a consequência inevitável da rejeição pelo povo grego ao plano de arrocho no referendo. O jornal Le Monde informa que um negociador francês declarou que não se está mais na situação de uma Europa incapaz de resolver as dificuldades de um de seus membros, mas na de um país que rejeita uma solução. « Não se pode impedir que os gregos se suicidem, é melhor que sejam eles a fazerem isso do que Angela Merkel », diz um responsável francês, cujo nome o jornal não revelou.

Fonte: Vermelho

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