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Economia: metalúrgicos injetam R$ 2,7 bilhões na economia paulista

O reajuste salarial e os abonos pagos aos 460 mil metalúrgicos representados pelos maiores sindicatos da categoria no estado de São Paulo indicam que pelo menos R$ 1,6 bilhão deve ser injetado nas economias regionais nos próximos 12 meses, segundo levantamento realizado pelo Valor. Pode-se somar a essa cifra R$ 1,1 bilhão em 13º salário pago para a categoria.

Segundo dados feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconomicos (Dieese), do total de R$ 7,2 bilhões pagos pela indústria do estado em 13º, 15,3% irão para os metalúrgicos. A soma dos valores de reajuste, abono salarial e 13º equivale a um aporte mensal na economia de R$ 225 milhões em 12 meses, e a origem desse montante é o pagamento aos trabalhadores metalúrgicos.

Puxados pela negociação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os representantes da categoria em Taubaté, Pindamonhangaba, Sorocaba e São Paulo conquistaram reajustes salariais de 10%, o que representa, dependendo da data-base negociada em cada sindicato, até 2,5% de aumento real.

"O que os metalúrgicos negociam não passa em branco. Eles sempre serão vistos como referência para outras categorias, já que têm maior poder de negociação e estão inseridos em setores mais dinâmicos da economia", diz José Silvestre, coordenador de relações intersindicais do Dieese. "A alta da inflação dificulta a negociação sobre o tamanho do reajuste e, por consequência, do aumento real. Mas isso não diminuiu o poder de barganha dos metalúrgicos. E o aumento de remuneração pode vir via abono."

O aumento salarial para os trabalhadores representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região (o maior do estado), que representa 270 mil pessoas, colocará na economia mais R$ 760 milhões nos próximos 12 meses. A data-base da categoria é novembro e a sua massa salarial está próxima de R$ 8,5 bilhões. Para Miguel Torres, presidente do sindicato, combater o argumento de que aumento real gera inflação foi um dos maiores desafios na mesa de negociação.

Os metalúrgicos em São Paulo entraram em estado de greve quando a proposta dos representantes patronais contemplava teto de 8,5% no reajuste salarial.

"O patronato disse que a crise internacional ia chegar no Brasil, que o crescimento do Produto Interno Bruto em 2011 já seria bem menor do que no ano passado e que eles não teriam condições de sustentar um aumento de 10%. A inflação foi outro argumento usado para puxar para baixo as propostas", afirma Torres. "Ao negociar, usamos como referência a conquista no ABC, apesar de o nosso aumento real ser maior, já que a inflação em novembro será menor do que em setembro, quando eles fecharam o acordo, e o reajuste conquistado por ambos foi de 10%."

Somente no ABC, os 108 mil trabalhadores representados pelo sindicato da região receberão R$ 552 milhões entre reajuste e abono nos próximos 13 meses. Com a data-base em setembro, o aumento real conquistado na campanha salarial deste ano foi de 2,44%. Os números do 13º salário para os metalúrgicos do ABC para 2011 ficaram em R$ 419 milhões que chegarão à economia da região até dezembro.

Enquanto no ABC a massa salarial da categoria chegará a R$ 5 bilhões entre outubro deste ano e setembro de 2012, em Sorocaba e região esse montante deve ser de R$ 1,6 bilhão. De acordo com o sindicato dos metalúrgicos de Sorocaba, cerca de R$ 127 milhões, referentes ao reajuste e ao abono salarial, serão incorporados à economia regional, junto com outros R$ 15 milhões, referentes ao 13º salário.

Os 5 mil metalúrgicos de São Carlos e região, onde está a Electrolux, serão responsáveis por R$ 3,5 milhões a mais na economia local, resultado da negociação salarial da categoria.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, que representa cerca de 20 mil trabalhadores, entre eles os metalúrgicos da fábrica da Volkswagen, R$ 145 milhões devem circular a mais na economia local devido ao reajuste e abono salarial adquiridos pelos metalúrgicos. Outros R$ 80,4 milhões serão injetados na economia regional até dezembro deste ano, referentes ao pagamento do 13º salário dos funcionários.

Em Pindamonhangaba, o único número contabilizado pelo sindicato até a segunda semana de novembro é que pelo menos R$ 6,3 milhões serão injetados na economia por meio do abono salarial pago aos cerca de 8 mil metalúrgicos que trabalham na região. Já em Salto, o 13º salário a ser pago para os 4,4 mil metalúrgicos do município colocará R$ 9,2 milhões na economia.

Fonte: Valor Econômico

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