Ativistas garantem que não vão deixar Wall Street
NOVA YORK - Centenas de policiais cercam neste momento o Zuccotti Park para impedir que outras centenas de manifestantes do 'Ocupe Wall Street' voltem a se instalar no local, de onde foram expulsos nesta madrugada.
Não há confronto neste momento entre as duas partes. Porém, durante a desocupação ao redor de 200 manifestantes foram presos. Agora, eles se limitam a entoar o coro do movimento "nós somos os 99%", erguer faixas de protestos e gritar que não irão desistir e que o governo não os silenciara. Alguns cartazes sugerem que o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, renuncie.
Bloomberg defendeu hoje sua decisão, alegando que as condições de higiene e segurança no local se tornaram "intoleráveis". Após a retirada dos manifestantes, a praça foi varrida e lavada por funcionários da prefeitura.
A desocupação e prisão de ativistas do movimento 'Ocupe' ocorreram em outras cidades dos Estados Unidos nos últimos dias. Os ativistas tomaram a praça em Nova York no dia 17 de setembro.
Um homem acaba de vencer o cerco de centenas de policiais e barreiras de ferro e entrar na praça Zuccotti park, nos arredores de Wall Street, de onde os ativistas do movimento 'Ocupe Wall Street' haviam sido expulsos na madrugada desta terça-feira.
O ativista, aparentando 30 anos e ascedência latina, conseguiu correr e chegar ao meio da praça até ser detido por pelo menos dez policiais. Os manifestantes que rodeiam o local começaram a aplaudir e gritar em apoio ao ativista, que foi algemado sem oferecer resistência. Ele foi levado do local pelos policiais.
Durante todo o tempo, os manifestantes gritam que não vão desistir do protesto e nem abandonar o local. Mas, certamente o fato de não terem mais suas barracas e um lugar onde possam sentar e se proteger da chuva e do frio atrapalha o movimento. A ocupação da praca completaria dois meses na próxima quinta-feira, dia 17.
Fonte: Estadão