O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje, após reunião ministerial em Brasília, que está confiante no crescimento do País em 2012. "Devemos encerra 2011 com 3%, 3% e pouco e, para 2012, almejamos alcançar os 4,5%", afirmou durante entrevista coletiva.

Segundo o ministro, é preciso manter as taxas de crescimento elevadas no Brasil e, entre as forças propulsoras para essa expansão, está a distribuição de renda, que precisa ser maior no País. "Hoje, a população dispõe de um grande volume de bens e serviços", disse. "A classe E está em extinção e se incorporando às classes D e C", considerou.

Mantega admitiu que o Brasil terá de entrar um cenário internacional adverso "pela frente", já que a economia externa está numa situação pior este ano do que esteve no passado. Para 2012, a expectativa é de crescimento mundial é de 3% contra 4% no ano passado.

"Mesmo assim, o Brasil reúne condições para superar essas dificuldades e acelerar seu crescimento", disse. "O Brasil é uma das economias mais dinâmicas no cenário externo", continuou, acrescentando que, por isso, o Brasil terá um crescimento maior do PIB este ano do que em 2011, apesar do cenário externo.

Ele disse que ainda que a economia brasileira é a terceira que mais cresce no mundo e que, embora seja a sexta em tamanho, está em um ritmo que só ficará atrás da China e da Índia em 2012.

"Enquanto os outros países estarão desacelerando - e não estou nem falando da União Europeia, que pode entrar em recessão, e dos Estados Unidos, com crescimento de 2% se tudo der certo -, o Brasil vai crescer acima de 4% em 2012", afirmou.

O ministro afirmou que a expectativa do governo é crescer 4,5% neste ano. Se a economia externa se agravar, no entanto, a expansão pode ser menor, de 4%. Mantega acrescentou que o governo trabalha com um teto de 5% para 2012.

Fonte: Estadão