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Nacionalizar é o lema da Renault

Integrar cada vez mais a produção com peças e componentes feitos no Mercosul é a diretriz da Renault em sua operação brasileira. Ao mesmo tempo em que a empresa trabalha na ampliação da capacidade produtiva do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, a área de compras busca fornecedores locais para peças que ainda precisa importar.

Carlos Tavares, COO do Grupo Renault, passou a semana visitando a operação brasileira e argentina. E lamentou em reunião com jornalistas na sexta-feira, 30, em Guarulhos, SP, que alguns componentes, em especial da área eletrônica, não sejam aqui fabricados por nenhum fornecedor. "Só não integramos mais porque não é possível."
O executivo entende que a situação permanecerá até que exista ganho de escala, fato que poderia atrair fornecedores destes componentes na Ásia e Europa – e essa é a vontade da Renault. "Com o crescimento da Renault, da Nissan e do próprio mercado brasileiro, a localização destes componentes torna-se viável e atrativa."

Esse ganho de escala se aproxima a cada dia, vez que as duas marcas da Aliança Renault-Nissan, com departamento de compras integrado, investem em aumento de capacidade. A Nissan construirá fábrica em Resende, RJ, para 200 mil unidades/ano, e a Renault amplia as linhas do Paraná para 380 mil veículos ao ano – as obras começam em maio.

Tavares afirmou que a Renault não comenta as decisões do governo brasileiro sobre a legislação que rege o setor automotivo, como o aumento do IPI para importados, mas entende que a empresa está "perfeitamente à vontade com esta decisão" – até porque 100% do portfólio local da marca hoje é composto apenas por modelos produzidos no Mercosul.
Vendas – O Brasil já é o segundo maior mercado da Renault no mundo, atrás apenas do país-sede, a França. No ano passado foram vendidas cerca de 200 mil unidades, volume que contribuiu para o crescimento da participação em 0,9 ponto porcentual. Para este ano, revela Olivier Murguet, presidente da empresa desde 1º de janeiro, o objetivo é crescer ainda mais. "Não divulgamos nossas metas, mas ficaria feliz em crescer novamente acima de 10%."

Segundo o presidente a unidade paranaense trabalha a todo vapor, em três turnos, para atender a demanda brasileira. Sete lançamentos estão planejados para o ano, todos séries especiais limitadas de modelos já existentes e fruto do trabalho dos centros de engenharia e design local.
Murguet projeta alta de 3% a 4% no total do mercado brasileiro em 2012, apesar de provável estabilidade no primeiro trimestre – segundo o executivo as vendas devem ficar no máximo 1% abaixo de igual período de 2011.

México – A partir de maio as exportações dos modelos Sandero e Sandero Stepway da fábrica de São José dos Pinhais para o México serão interrompidas. O mercado da América do Norte será abastecido por modelos montados na fábrica de Envigado, na Colômbia, conforme antecipou a Agência AutoData há uma semana.

Segundo Tavares a decisão partiu de dois motivos: perda de competitividade do produto brasileiro e o crescimento na demanda pelos dois produtos no Brasil e na Argentina – únicos mercados agora abastecidos pela fábrica paranaense.
De lá sairão ainda, no entanto, kits CKDs dos dois modelos e do Duster rumo à Colômbia: a fábrica não tem área de estamparia e muitas peças ainda são produzidas aqui.

Fonte: Autodata
Desenvolvido por Agência Confraria

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