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Renault anuncia hoje projetos até 2015 e ampliação da fábrica de motores

Depois de anunciar, no fim do ano passado, um pacote de investimentos de R$ 1,5 bilhão até 2015, a Renault vai fazer um novo aporte de recursos, dessa vez para a ampliação da fábrica de motores. O projeto será anunciado hoje pelo presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet, em evento com o governador Beto Richa, no complexo industrial da empresa, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A intenção é elevar a produção em 25%, de 400 mil motores para 500 mil motores por ano, a partir de março de 2013. Os novos investimentos somam cerca de R$ 40 milhões.

Segundo o presidente da companhia, que antecipou detalhes da ampliação para a Gazeta do Povo, a ideia é dar suporte ao projeto de expansão da produção na empresa no Brasil e à demanda de exportações. Cerca de 40% da produção total de motores da Renault no país – 1.0, 1,2 e 1.6 de oito e dezesseis válvulas – vai para abastecer mercados da Argentina, Chile, Colômbia e México. Essa fábrica, além de equipar modelos da marca, produz também o motor do March, modelo da coligada Nissan, que é montado no México e vendido no Brasil.

Inaugurada em 1999, com investimentos de US$ 220 milhões, a fábrica de motores da empresa conta ainda com um laboratório, onde são desenvolvidos novos motores da marca. Desde o seu início, a fábrica já produziu cerca de 2,5 milhões de motores e exportou mais de 1,2 milhão de unidades.

Como parte dos investimentos de R$ 1,5 bilhão, a Renault planeja aumentar a capacidade de produção de veículos no Brasil, de 280 mil para 380 mil, a partir do próximo ano – uma elevação de 35%. O objetivo é alcançar 8% de participação de mercado no Brasil até 2015. Hoje, a Renault detém 6,8%.

Os recursos serão usados ainda no desenvolvimento de novos produtos e revitalização de modelos – estima-se que sejam ao todo 13 novos veículos – e na melhoria de processos nas áreas de pintura e estamparia, dentre outros. “Serão 330 novas máquinas na área de carroceria, 180 novos equipamentos na área de pintura e 40 mil metros quadrados de edifícios adaptados, dentre outros”, diz Murguet.

Do total, R$ 500 milhões estão sendo aplicados em 2012. No evento de hoje, a Renault inaugura a primeira obra do programa de ampliação – uma nova linha de corte de chapas de aço. Com 4 mil metros quadrados, a área vai possibilitar o corte de até 284 mil peças por mês.
Por conta desses projetos, a empresa decidiu antecipar as férias coletivas de fim de ano. “Hoje estamos trabalhando em três turnos de produção. As obras ocorrem nos sábados em que não trabalhamos, mas a partir de novembro a ideia é acelerar isso. Vamos parar entre 15 de novembro e 15 de janeiro”, diz. A empresa, que emprega hoje 6,2 mil pessoas, contratou 1 mil trabalhadores no ano passado e deve gerar mais mil novos postos até 2015.

Na contramão do mercado, empresa cresceu 37% no semestre

Os projetos de ampliação coincidem com o bom momento da empresa no mercado. Na contramão do setor, que amarga um desempenho fraco, pressionado pela restrições ao crédito, inadimplência alta e estoques nas alturas, a Renault fechou o primeiro semestre de 2012 com 110.536 veículos vendidos, o que representa um crescimento de 37,3% na comparação com 2011.

Depois de patinar para reverter resultados negativos, a empresa apostou, nos últimos anos, em uma estratégia que combinou o lançamento de produtos mais adaptados ao mercado brasileiro, investimentos na área de distribuição e no desenvolvimento de uma equipe de engenharia local – hoje a empresa mantém no Brasil um dos centros de engenharia mundiais, junto à fábrica, e um centro de design, em São Paulo. “Foi uma estratégia acertada, baseada no que o brasileiro precisava, com o lançamento do Logan e do Sandero”, diz o presidente da empresa, Olivier Murguet. O Brasil é hoje o segundo maior mercado da montadora, atrás apenas da França.

Segundo ele, embora as vendas estejam crescendo, a redução do IPI, que vale até 31 de agosto, ajudou a segurar o ritmo. “Ela evitou uma parada na fábrica”, diz Murguet. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, já deu sinais de que o governo não pretende prorrogar a medida. “Acho que ela foi suficiente”, diz o presidente da empresa. A Renault espera fechar o ano com crescimento de 15% a 20% nas vendas.

Fonte: Gazeta Online

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