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Volvo projeta crescimento de 20% e planeja investimento

O ano foi difícil para mercado brasileiro de caminhões, mas nesse cenário adverso a Volvo conseguiu manobrar melhor. “2012 foi diferente dos outros, com a nova legislação de emissões e a economia retraída (fatores que empurraram os negócios para baixo). Apesar disso, conseguimos um desempenho positivo”, avaliou Roger Alm, presidente do Grupo Volvo na América Latina, destacando que as vendas do grupo caíram menos do que os concorrentes e a marca sueca conseguiu abocanhar um ponto porcentual a mais de participação no Brasil.
 
“Temos uma posição muito sólida e deveremos continuar crescendo em 2013”, destacou o executivo. A projeção da Volvo para o mercado de pesados e semipesados (acima de 15 toneladas de peso bruto total) este ano é de expansão de 20%, para 105 mil unidades, contra 87,4 mil em 2012. Sobre o fato de ser muito mais otimista do que a previsão da Anfavea, a associação de fabricantes, que espera mercado de caminhões em torno de 7% a 7,5% maior em 2013, Alm foi enfático: “Confiamos no nosso número.”

“Esse é um mercado muito dinâmico. Não seria surpresa se em 2013 repetíssemos o número recorde de 2011, de 111 mil (pesados e semipesados)”, disse Bernardo Fedalto, diretor de vendas e marketing. “Existem elementos para isso, como o crescimento da safra de grãos e o aumento do comércio de bens esperado para este ano”, acrescentou.

PROGRAMA DE INVESTIMENTO

O presidente Roger Alm está agora está debruçado no planejamento para direcionar o novo programa de investimentos da companhia para a região, de US$ 500 milhões nos próximos três anos, quase o dobro dos US$ 280 milhões investidos de 2009 a 2011, conforme anunciado em outubro passado pelo CEO Olof Persson (leia aqui).

O programa, segundo Alm, envolve diversas ações de modernização e expansão da fábrica de Curitiba (PR), o lançamento do novo extrapesado FH (apresentado na Europa no ano passado), a introdução no Brasil de mais uma das marcas de caminhões do grupo (Mack, UD ou Renault Trucks), além de suporte ao desenvolvimento de produtos e rede. Nada disso, contudo, está totalmente definido. “Ainda estamos estudando o melhor momento para lançar o novo FH e introduzir a nova marca”, afirma o executivo.

Alm garante que o martelo ainda não foi batido sobre qual nova marca o grupo introduzirá no Brasil, nem mesmo se a Volvo pretende com isso entrar em segmentos nos quais não participa hoje, de caminhões leves e médios abaixo de 15 toneladas, ou se serão negócios conflitantes, com produtos e lojas diferentes disputando as mesmas faixas de mercado. “Tudo isso será definido mais adiante”, limita-se a dizer, sem informar datas.

A aposta do mercado é para a UD, marca criada após a compra da Nissan Diesel, que tem linha ampla de modelos, dos quais poderiam ser vendidos aqui os menores, caso não se queira criar concorrência dentro do mesmo grupo. A Renault também tem chances, houve interesse no passado recente e alguns caminhões da marca já são montados em pequena escala no Uruguai e vendidos em diversos países sul-americanos, mas a competição com a Volvo seria maior nesse caso. Os Mack dificilmente teriam sucesso no Brasil: feitos nos Estados Unidos, têm configuração de motor avante, no bico do caminhão, o que reduz espaço de carga dentro da legislação brasileira, que limita o comprimento dos veículos.

Também não há definição sobre onde os veículos dessa segunda marca seriam produzidos, no Brasil ou outro país sul-americano. Mas a intenção é aproveitar as boas condições do BNDES/Finame, o que traz à mesa a exigência, para a concessão desses financiamentos a juros baixos, do índice mínimo de nacionalização do veículo de 60% em peso e valor. Com isso, a balança pende para a produção em Curitiba, onde ainda existe espaço no terreno de 1 milhão de metros quadrados, que começou a ser ocupado pela empresa em 1977.

DESEMPENHO POSITIVO

Os 15.878 caminhões Volvo emplacados no Brasil no ano passado representaram queda de 16,7% sobre 2011, mas o recuo foi bem menor do que a média do mercado, que caiu 20% no período, afetado pela mudança da legislação de emissões e retração da economia. “Prefiro lembrar que de 2008 a 2012 nossas vendas cresceram 42% no País e nosso market share avançou de 12,8% para 18,2%”, ressalta Alm. No ano passado, também houve ganho de participação de mercado, de um ponto porcentual, de 17,1% para 18,2%, considerando só os dois segmentos onde a marca sueca atua, pesados e semipesados (veículos acima de 15 toneladas de peso bruto total).

Segundo Alm, somando o desempenho dos modelos FH e FM, a Volvo liderou as vendas de caminhões pesados no Brasil em 2012 pelo segundo ano consecutivo, com participação de 27% no segmento. “De cada quatro caminhões pesados vendidos no Brasil, um é Volvo.” No mercado de semipesados, a linha VM conquistou market share de 10,1%. O executivo também afirmou que a marca liderou as vendas de modelos Euro 5, com 23% dos pedidos de semipesados e pesados com a nova motorização que atende aos limites de emissões de poluentes previstos na fase P7 do Proconve, em vigor desde o início de 2012.

Alm destacou ainda outros pontos positivos da performance do grupo em 2012 na América Latina. Ele disse que a Volvo lidera as vendas no Peru, onde tem 50% do segmento de mineração. Na Venezuela, a Mack é líder com 32% das vendas de caminhões no país. No Chile, único país sul-americano onde o grupo atua com todas as suas marcas, o market share em 2012 foi de 20%, incluindo os negócios com Volvo, Mack, UD e Renault Trucks. Na Argentina, atuando com Volvo e Renault, a participação foi de 10%.

No total, o Grupo Volvo apurou faturamento líquido de US$ 4,4 bilhões na América Latina, cerca de 10% das receitas da companhia no mundo. As vendas na região somaram 23,6 mil unidades, com participação de 16,8% no mercado de 140 mil caminhões acima de 14 toneladas de peso bruto total. A marca Volvo respondeu por 81% dos negócios, a Mack por 13%, a Renault por 5% e a UD por 1%.

Fonte: Autodata

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