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Manaus tem mais um operário morto na obra do estádio da Copa

Mais um operário morreu nas obras da Arena Amazônia, estádio sendo construído em Manaus para a Copa do Mundo de 2014.

O operário Antônio José Pita Martins, de 55 anos, estava desmontando as peças de um guindaste, na manhã desta sexta-feira, quando uma delas caiu em sua cabeça.

A secretaria amazonense que gerencia os projetos da Copa diz que o operário, que é terceirizado, foi resgatado com vida e levado para o hospital Doutor João Lucio Pereira Machado, em Manaus.
Segundo a instituição, o trabalhador teve um ferimento grave na cabeça e chegou a ser submetido a uma cirurgia para aliviar a pressão no cérebro. Ele também sofreu lesões múltiplas na região do tórax. A morte dele foi divulgada na tarde desta sexta-feira pela assessoria de imprensa do governo do Amazonas.

Trata-se da quarta morte envolvendo operários nas obras da Arena Amazônia. Marcleudo de Melo Ferreira, 22, caiu de uma altura de 35 metros nas obras do estádio e morreu no dia 14 de dezembro. Em março de 2013, Raimundo Nonato Lima da Costa, de 49 anos, também morreu após despencar de uma altura de cinco metros.

A terceira morte foi o operário José Antônio da Silva Nascimento, de 49 anos, vítima de um infarto.
Segundo a secretaria amazonense, foi cancelada a visita do governador Omar Aziz às obras, nesta sexta-feira, mas está mantido o plano de finalizar as obras do estádio para entregá-lo na semana que vem.

Em nota, a Andrade Gutierrez, responsável pelas obras, disse que "o guindaste, que auxiliava os trabalhos da Arena, já estava com as operações encerradas desde 11 de janeiro e desmobilizado em uma área externa. O operador foi socorrido pela equipe de Segurança do Trabalho e levado pelo SAMU até o hospital 28 de Agosto, onde teve seu quadro de saúde estabilizado e foi transferido para o hospital João Lúcio. O acidente não interferiu no seguimento das obras da Arena da Amazônia".

'Pressão'

A BBC Brasil visitou as obras no final de dezembro e ouviu de alguns operários que eles estariam na época sob pressão para finalizar as obras o mais rápido possível.

Alguns trabalhadores terceirizados também disseram estar com os salários atrasados. A Andrade Gutierrez afirmou que paga em dia a empresa terceirizada para qual os homens trabalham e disse que irá cobrar uma solução para o caso.

Autoridades responsáveis pelo estádio afirmam que após as tragédias recentes os procedimentos de segurança foram fortalecidos e que os operários não estão sob pressão.

A quatro meses da Copa, o Brasil ainda precisa entregar cinco estádios dos 12 que irão sediar jogos da Copa do Mundo. O Beira-Rio, em Porto Alegre, e a Arena Amazônia deverão ser inaugurados na semana que vem. Ficarão faltando a Arena Pantanal, em Cuiabá, a Arena Corinthians, em São Paulo, e a Arena da Baixada, em Curitiba – esta que está em situação mais crítica.

Fonte: BBC Brasil

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