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Empresa demora a prestar atendimento e eletricista morre em canteiro na Zona Oeste do Rio

A manhã da última quarta-feira (19/2) foi de homenagem e indignação no canteiro da empresa Santa Rita Comércio e Instalações Ltda, no bairro Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. O Sintraconst-Rio organizou manifestação no local porque, no dia anterior, um eletricista morreu dentro da obra.

Colegas de trabalho dizem que o operário foi vítima de AVC. De acordo com relatos, a empresa levou de 20 a 30 minutos para providenciar um transporte que levasse o eletricista até a um hospital.

A obra da Santa Rita, que consiste na ampliação de uma subestação de energia, fica distante da zona urbana do Rio. O acesso ao local só é possível com transporte próprio.

A mobilização do Sindicato junto aos trabalhadores busca também fazer com que a empresa pague adicional de periculosidade, de 30% sobre os salários. É isso que determina a lei para lugares em que há sistema de controle de potência, com grande geração de energia, como é o caso da subestação.

A Santa Rita disse que até quarta-feira (26 de fevereiro) vai responder à reivindicação. Caso a resposta seja negativa, novas paralisações serão feitas.

Na manifestação feita na manhã do dia 19 de fevereiro, o Sintraconst-Rio exigiu ainda que a empresa providencie urgentemente um ambulatório com técnico de enfermagem fixo na subestação.

"Qualquer obra com mais de 50 trabalhadores deve ter uma unidade dessas", lembra Rafael de Araújo, da equipe 1 do Departamento de Segurança do Trabalho do Sindicato.

Além disso, a Santa Rita deve colocar em prática um plano de socorro com treinamento dos trabalhadores em todo primeiro dia útil de cada mês.

A empresa se comprometeu a enviar certificado de que pagou o seguro de vida -- de R$ 23 mil -- e auxílio funeral para a família do trabalhador, conforme determina a convenção coletiva. Uma mesa de entendimento foi marcada para o dia 25 de fevereiro, quando a Santa Rita vai apresentar comprovantes ao Sindicato.

Durante a paralisação de advertência, os 205 trabalhadores da obra fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao colega falecido. Um ato ecumênico (foto), junto aos operários, foi organizado pelas equipes 1, 4, 8 e 10 do Sindicato, com a presença do supervisor do Departamento de Segurança do Trabalho, José de Almeida.

Outro ponto levantado pelo Sintraconst-Rio, e que a empresa garantiu se adequar, é o pagamento de hora extra. Em sábados trabalhados, os empregados devem receber adicional de 100% sobre a hora trabalhada a partir das 13h. Porém, a Santa Rita paga apenas 70%.

"Se a empresa não regularizar as questões que apontamos, novas paralisações serão feitas", afirma Rafael de Araújo.

De acordo com a firma, o contracheque do mês seguinte já virá com esses pagamentos corrigidos.
O Sintraconst-Rio vai voltar semanalmente à subestação de energia para novas fiscalizações.

Fonte: Força Sindical

Desenvolvido por Agência Confraria

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