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Movimento sindical reivindica espaço no BRICS

Dirigentes sindicais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, representando os trabalhadores de seus países, reivindicam espaço para os movimentos sindical e social no organograma do BRICS, bloco formando por grandes economias emergentes. A proposta dos sindicalistas é ter direito a participar das discussões e das decisões do BRICS, a exemplo do que já ocorre com o Fórum Empresarial.

Simultaneamente à reunião de Cúpula de Chefes de Governo e de Estado dos países que integram o BRICS, que é realizada em Fortaleza, os sindicalistas participam do III Fórum BRICS Sindical. Para o grupo, com a oficialização de espaço para os representantes dos trabalhadores no BRICS será possível formular propostas e compromissos relevantes sobre os temas de trabalho intergovernamental referente aos diálogos em torno da proteção social e do trabalho decente.

O Fórum BRICS Sindical tem como objetivo dialogar e contribuir com os esforços de consolidação do BRICS. Agora, já na terceira edição, os líderes sindicais reivindicam espaço no BRICS. “Formalizamos a reivindicação dos movimentos sindical e social no BRICS com a ‘Carta de Fortaleza’, documento foi entregue nesta terça-feira (15/07/2014) à presidente Dilma Rousseff”, explica Edson Dias Bicalho, que integra a delegação da Força Sindical no Fórum BRICS Sindical, juntamente com Miguel Torres, presidente da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, e Maria Auxiliadora dos Santos, secretária de Políticas para Mulheres da Força Sindical.

Brasil, Rússia, China e África do Sul já acenaram que concordam com a solicitação do movimento sindical, faltando apenas a aprovação da Índia. Na “Carta de Fortaleza”, o BRICS Sindical reconhece que os países que formam o BRICS têm desempenhado um papel ativo como motores do crescimento econômico global ao mesmo tempo em que buscam promover inclusão social no plano doméstico. E frisa que, neste sentido, considera de vital importância que os BRICS avancem ainda mais nas políticas públicas que favoreçam a distribuição da riqueza, a segurança alimentar e energética de nossas nações.

Para os líderes sindicais, a consolidação dos BRICS é um elemento fundamental na democratização das relações internacionais e na abertura de uma maior multipolaridade em arranjos políticos feitos ainda no pós-II Guerra. O grupo considera o Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR) como instrumentos fundamentais para a efetiva transformação da atual arquitetura econômica internacional. “Estas novas instituições não devem, contudo, ser apenas mais uma peça de especulação financeira, tal qual as que já existem, mas devem vir para o benefício dos trabalhadores/as e do desenvolvimento sustentável”, diz trecho da “Carta de Fortaleza”.

Em outro trecho, o documento chama a atenção para a necessidade de implantar medidas que visem o desenvolvimento sustentável. “O objetivo do desenvolvimento econômico de pouco servirá se não estiver ancorado também no desenvolvimento socioambiental, o que pressupõe o respeito às comunidades locais, o uso sustentável dos recursos naturais e a busca por uma matriz energética limpa”. Ainda na “Carta de Fortaleza”, o BRICS Sindical solicita o agendamento oficial de uma reunião de seus representantes com os Chefes de Governo e de Estado para apresentação de documento elaborado no Fórum do BRICS Sindical.

Para Bicalho, que é presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru, secretário geral da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), secretário de Relações Sindicais da Força Sindical para a América Latina e Mercosul e integrante da diretoria da IndustriALL Global Union, a participação do movimento sindical no BRICS é fundamental. “Os países que formam o BRICS são motores do crescimento econômico, do desenvolvimento. Nada mais justo – e é necessário - que os trabalhadores estejam representados no BRICS, que tenham voz. Além da delegação da Força Sindical, participam  representantes das demais centrais sindicais brasileiras, como a Central Única dos Trabalhadores e União Geral dos Trabalhadores (UGT) e dirigentes de centrais e confederações de trabalhadores da Rússia, Índia, China e África do Sul.

Fonte: Repórter Brasil
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