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Acidentes de trabalho já mataram 63 em 3 anos em Apucarana/PR

Um acidente de trabalho registrado nesta terça-feira (14) pela manhã provocou a morte de um funcionário de uma empresa de tratamento de efluentes no Contorno Sul de Apucarana. Diego Fernandes Aragão, de 24 anos, morreu quando realizava uma operação de manutenção em um dos tanques da empresa.

Essa foi a quarta morte por acidente de trabalho registrada este ano em Apucarana. Segundo dados da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, nos últimos três anos, foram 63 óbitos do mesmo tipo em toda a região. Apesar disso, é possível observar uma queda no número de mortes do último ano para cá. Em 2013, foram 31 mortes por acidentes de trabalho na região, e, neste ano, até o momento, 6, o que representa uma queda de, aproximadamente, 80%.

As mortes por acidente de trabalho em Apucarana também tiveram queda significativa, de 8 no ano passado, para 4 até o momento deste ano, ou seja, 50%. “Quedas de altura são o que mais causam mortes no trabalho, principalmente na construção civil e nas indústrias de transformação de couro, além de mortes por manuseio de máquinas e equipamentos”, afirma o técnico de segurança do trabalho da Autarquia Municipal de Saúde, Maurício Giacomini, ressaltando que os acidentes leves geralmente acontecem em indústrias de confecção e causam pequenas mutilações e fraturas.

As notificações de acidente de trabalho vêm oscilando nos últimos três anos, de acordo com os dados da Regional. Em 2012 foram 423 contra 635 em 2013. Já neste ano, até o momento, foram 336 notificações, ou seja, quase metade do ano passado. Somente em Apucarana, foram 219. Giacomini lembra que o município notifica apenas acidentes de trabalho graves e médios, como fraturas, mutilações, queimaduras, enfim, aquelas que deixam sequelas.

O técnico de segurança do trabalho salienta que as empresas devem estar preparadas para lidar com essas situações. “Toda empresa deve obedecer as Leis de Segurança do Trabalho e, consequentemente, o funcionário é obrigado a cumprir as normas determinadas pela empresa, o que evita muitos acidentes.

Além disso, acredito deve haver mais prevenção e fiscalização por parte do Ministério do Trabalho”, conclui Giacomini. VÍTIMA De acordo com uma nota divulgada ontem à tarde pela empresa de tratamento de efluentes que Diego Fernandes Aragão trabalhava, o acidente fatal com a vítima ocorreu por volta das 7 horas da manhã de ontem.

Segundo a empresa, que pediu para não ter o nome divulgado, testemunhas e colegas de trabalho relatam que o jovem, de 24 anos, estava em procedimento operacional de limpeza de uma peneira, que acabou caindo em um tanque de adensamento de lodo. Diego teria colocado uma escada e entrado no tanque, com profundidade aproximada de 4m e que estava praticamente vazio, e acabou vindo a falecer, possivelmente por asfixia de gases da fermentação do lodo orgânico. O Corpo de Bombeiros prestou socorro no local.

Fonte: Tribuna do Norte
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