Os metalúrgicos da GM de São José dos Campos entraram em greve na sexta-feira, 20, contra os planos da montadora de demitir 794 trabalhadores. A decisão foi tomada pela manhã em assembleia e o turno da tarde também aprovou a paralisação. Em reunião realizada no dia anterior com o sindicato dos metalúrgicos da região, a montadora propôs abertura de novo layoff por dois meses. Terminado essa suspensão temporária dos contratos de trabalho, os quase 800 trabalhadores seriam demitidos.

br/> Segundo a entidade que reúne os trabalhadores, a General Motors também propôs como alternativa a demissão imediata dos metalúrgicos. O presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, ao governo federal que faça a intermediação nas negociações com a GM. Pouco antes do carnaval, um grupo com outros 798 trabalhadores retornou de um layoff iniciado em setembro. Estes têm garantia de emprego até 7 de agosto e por isso estão fora do plano atual de demissões.

A fábrica da GM de São José dos Campos tem cerca de 5,2 mil trabalhadores. Produz Chevrolet S-10 e Trailblazer, motores e outros itens. De acordo com o sindicato, haverá assembleias diárias durante a paralisação. “A greve é nossa única forma de impedir uma demissão em massa na GM (...) Só retornaremos ao trabalho quando nossas reivindicações forem atendidas”, afirma Barros.
O dirigente continua reivindicando do governo federal uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego para os trabalhadores de empresas que recebem incentivos fiscais como as montadoras.

Fonte: Automotive Business