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Ministro Rossetto anuncia instalação do ‘Fórum de Debates’ para negociar temas trabalhistas

O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-geral da Presidência da República, anunciou a instalação, no dia 2 de setembro, em Brasília, do ‘Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e da Previdência Social’, que será um espaço para debater e negociar, permanentemente, uma agenda que contenha temas como desenvolvimento, inclusão social e distribuição de renda.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, lembrou que este espaço de negociação e diálogo para enfrentar a crise existia nas Câmaras Setoriais e também nos Conselhos de Competitividade. “Agora teremos o Fórum, e será importante olharmos para frente. Grande parte da crise se dá exatamente por falta de diálogo, e a sociedade está precisando de um gesto”, afirma Miguel.

Miguel Torres disse que preocupa os dirigentes sindicais “o fato de entrarmos em uma campanha salarial com desemprego e inflação alta. Sabemos que, em um determinado momento, a crise passará, e o País precisa estar preparado para o crescimento. Não podemos entrar na fase de crescimento com uma indústria fragmentada e trabalhadores mal qualificados. Se isto acontecer, vamos importar mais produtos e mão de obra”, observou.

Referência

Segundo o ministro, os últimos doze anos de crescimento do País podem servir de referência nestas discussões. “Acredito nas negociações permanentes, e o Fórum tem justamente esta função. Há espaço para manifestações como as colocadas aqui”, disse, referindo-se às questões colocadas pelos sindicalistas durante o encontro. “É importante falar na reforma ministerial e em um Ministério do Trabalho e Emprego forte para atuar ao lado dos Sindicatos”, destacou.

O ministro lembrou o trabalho conjunto do governo com as Centrais Sindicais para elaborar a política de salário mínimo e o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). “Achamos que é um instrumento para reduzir o impacto da crise sobre os trabalhadores. Achamos importante a lei do PPE ser aprovada no Congresso”, ressaltou.

“Nossa ideia é construir acordos”, continuou o ministro Rossetto, que se comprometeu a levar para a ministra Isabella Teixeira, do Meio Ambiente, a reivindicação do secretário do Meio Ambiente da Força Sindical, Herbert Passos, de que o Brasil defenda posições que beneficiem os trabalhadores nos eventos internacionais do setor.

Durante a reunião com o ministro, os sindicalistas levantaram diversos temas. João Batista Inocentini, presidente-licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, reclamou da falta de diálogo, e citou como exemplo o fato de o governo ter divulgado o pagamento em parcela única do adiantamento do 13º salário, sem avisar previamente os sindicalistas.

Jorge Nazareno, Jorginho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, afirmou que a Central tem grande preocupação com o diálogo, e disse considerar inaceitável o fato de, nos últimos dois anos, não terem ocorrido reuniões do Conselho de Desenvolvimento Social, que deu contribuições relevantes para o País. “Temos uma crise econômica e política grave”, observou.

“Agora, o que é pauta-bomba, ministro? Pauta-bomba para quem? Fomos contra a desoneração da folha e agora estamos constatando o resultado. Quanto ao Ministério do Trabalho e Emprego, o que será feito dele? Se houver uma junção com a Previdência Social, o trabalhador vai perder novamente”, declarou Jorginho.

Já José Bahia, 2º tesoureiro do Sindicato dos Auxiliares, Técnicos de Enfermagem e Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo, observou que não existe democracia sem diálogo. “Não adianta trocar o ministro do Trabalho, precisa mudar a estrutura”. Para Maria Auxiliadora dos Santos, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Brinquedos do Estado de São Paulo, “a pior bomba é não ter diálogo”, e manifestou sua preocupação com o governo juntar, em uma só pasta, as Secretarias da Mulher, Direitos Humanos e a questão racial.
Valdir de Souza Pestana, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Santos, citou exemplos de negociações sem acordo, como a da desoneração da folha de pagamentos, e disse que “um dos passos para resolver a crise será arrancar acordos com os grandes monopólios”.

Fonte: Força Sindical

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