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Restringir crédito não é opção contra inflação, diz ministro

A restrição ao crédito não é, em princípio, a "melhor opção do governo" no conjunto de medidas para controlar a inflação, disse nesta terça-feira (3) o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, que participa da premiação Destaque Agência Estado Empresas, em São Paulo.

Segundo ele, o crédito é "um dos elementos centrais da política econômica voltada para o crescimento". "Conseguimos aumentar o crédito para mais de R$ 1 trilhão, isso passa de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 21% do PIB em 2002", lembrou. O ministro disse ainda que não houve aumento da inadimplência. "Não há grandes problemas nessa área."

Juros
Bernardo comentou também que os juros estão caindo, "embora ainda sejam altos, comparativamente aos níveis internacionais". "Então, medidas de restrição ao crédito teriam de ser muito bem discutidas: saber por quê faríamos isso e que efeitos teriam. Em princípio, não é a melhor opção do governo."

No evento, o ministro reiterou que a inflação é um assunto a ser tratado com muita "atenção" e "cautela" e admitiu que os indícios de alta da inflação este ano assustam o governo. "A inflação assusta agora, mas precisamos ter prudência para evitar que ressurja para valer", disse.

Porém, não há razão, segundo ele, para alarmes. "Não há motivos para ficarmos alarmados e pararmos de fazer as boas coisas e apostar que o Brasil pode crescer."

Bernardo se mostrou otimista quanto à possibilidade de o Brasil cumprir a meta de inflação prevista este ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

'Medida muito dura'
O titular do Planejamento observou que a inflação sempre esteve entre as preocupações do governo. "Acabamos de adotar uma medida muito dura, que é aumentar o superávit primário (economia que o governo faz para pagamento de juros da dívida). Essa não é uma medida simples de se tomar", disse, referindo-se ao esforço fiscal adicional de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) anunciado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Essa medida, segundo ele, é "complementar" à política de aumento da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. "O BC tem uma missão clara, centrada na estabilidade monetária e controle de inflação", afirmou, ressaltando que o BC está cumprindo "muito bem" este objetivo.

Ele evitou comentar sobre a possível decisão de alta da taxa básica de juros Selic por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), em decisão a ser anunciada amanhã. Mas enfatizou que o BC "vai decidir com sabedoria". Consumo e investimentos

Segundo ele, ainda que o consumo das famílias registre forte expansão, os investimentos crescem ainda mais. "Os investimentos em 2007 cresceram mais do que o dobro da taxa de consumo das famílias", justificou.

Na avaliação do ministro, o forte incremento do consumo das famílias é um importante indicador, na medida em que mostra que o crescimento do País está sendo puxado pelo mercado interno e não apenas pelas exportações, como o verificado em anos anteriores.

"Para este ano, esperamos que o crescimento da economia seja de 5%, com os investimentos se alastrando para todos os setores", disse Bernardo.

Fonte: Agência Estado

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