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América Latina lida com inflação melhor que a Ásia, diz 'FT'

Os governantes da América Latina têm mais prática em lidar com a inflação do que as autoridades dos países da Ásia, sugere uma coluna publicada na edição desta terça-feira, 24, do jornal britânico Financial Times.

"Os políticos nos mercados emergentes estão revirando suas caixas de ferramenta antiinflação. Algumas das escolhas que estão fazendo podem criar problemas a longo prazo", diz o jornal em sua coluna de análise diária de temas ligados ao mercado Lex Column.

Com o título "Latin practice" (Prática Latina, em tradução literal), a coluna compara as reações dos governos latinos e asiáticos no combate à inflação e afirma que muitos bancos da América Latina já aumentaram suas taxas de juros, enquanto as autoridades asiáticas estariam "se batendo".

"Não apenas a América Latina está sofrendo menos o choque inflacionário do que a Ásia, mas seus governantes, talvez por causa da história recente, parecem menos ambivalentes sobre a reação certa", afirma o FT.

Segundo o jornal, isso seria resultado de décadas que a região passou controlando preços "com políticas fiscais responsáveis e metas de inflação".

O FT destaca ainda o aumento das taxas de juros feito pelo Banco Central brasileiro no último mês como "uma demonstração da determinação em agir antecipadamente enquanto as pressões inflacionárias ainda estão relativamente controladas".

Ásia

O jornal afirma que algumas das escolhas feitas pelas autoridades asiáticas para lidar com a inflação são "perigosas", pois podem trazer problemas no futuro.

Entre elas estariam a opção de valorizar a moeda ao invés de aumentar as taxas de juros. A primeira opção é considerada pelo jornal como uma "faca de dois gumes", levando em conta a atual queda nas exportações.

O FT destaca ainda outras medidas "extraordinárias", como o controle de capital e os impostos sobre exportações, que se tornaram comuns na região.

Além disso, o jornal cita como potencialmente perigosas as políticas de alguns países como a Índia, as Filipinas e a Indonésia, que "se voltaram para o controle de preços e para os subsídios fiscais diretos ou indiretos".

"As balanças orçamentárias estão se deteriorando e os bancos centrais, perdendo a credibilidade. Em resposta, os investidores estão atribuindo um prêmio de risco maior aos mercados emergentes", afirma o FT.

O jornal cita o aumento do índice de risco dos países emergentes, calculado pela JPMorgan, que subiu de 160 para 250 pontos-base.  Segundo o FT, "os efeitos do uso precário das ferramentas de política monetária serão sentidos por anos".

Fonte: DIAP

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