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Palavra do Presidente

O presidente do SMC, Sérgio Butka, fala sobre os desafios de 2014

Sérgio Butka - Presidente
Sérgio, como será este ano para os trabalhadores?
Apesar do pessimismo da mídia, o mercado tem indicativos fortes e positivos. Prova disso são os altos lucros das empresas e os investimentos que elas tem feito em suas plantas. Isso favorece a luta do trabalhador. Uma vez que se há investimento existe perspectiva de lucros. Já a inflação não será um empecilho na hora de conquistarmos mais avanços.

Sobre as negociações deste ano, qual será a estratégia adotada e qual a expectativa da diretoria?
O resultado de 2013 já nos mostrou que quanto mais cedo iniciarmos as negociações de database, PLR, vale mercado, 40 horas e outras bandeiras de luta, melhores serão os resultados alcançados pelos trabalhadores. A experiência do ano passado abre uma nova metodologia de negociação com mais confiabilidade para acordos mais longos e duradouros. Foi por isso que a diretoria definiu em começar já em fevereiro as assembleias nas empresas.

Além das negociações, quais serão as outras iniciativas do sindicato para esse ano?
Os exemplos do passado mostram que é necessário voltarmos a insistir em pautas históricas como redução de jornada, vale mercado e PLR dentro da realidade economica que vivemos no Brasil. No Paraná já fizemos história nestes itens. Precisamos retomar as negociações dos mesmos para que o trabalhador tenha melhores beneficios e salários condizentes sem precisar estar se expondo ao fazer hora extra aos sábados, domingos e feriados. O grande desafio será  avançarmos e estabelecermos novas condições nas empresas que ainda mantem as 44 horas semanais.

Quais são os projetos nacionais para 2014?
A Força Sindical tem sido uma referência quando se fala em bandeiras de luta nacionais. Isto aconteceu no caso do salário mínimo, FGTS, PL 4330, fim do fator previdenciário, redução de jornada e redução da taxa de juros. Para 2014 certamente o desafio do fator previdenciário será preponderante para o SMC e para as centrais sindicais. É inconcebível sermos ainda garfeados na hora de aposentar. A Força vai abrir uma grande luta com as centrais para derrubar este fator que arrocha milhares de beneficios previdenciários anualmente.

Em relação à Copa do Mundo. O que ela pode influenciar na economia e na vida dos trabalhadores?
Será um evento importante para a economia do país. Vários empregos já estão sendo gerados, principalmente na área da construção civil. Aliás, estes trabalhadores que estão suando a camisa na construção dos estádios precisam reivindicar melhores condições de trabalho e salários.

E sobre as eleições, presidente? Qual o comportamento que os trabalhadores devem ter frente aos candidatos?
É preciso votar consciente e eleger candidatos que se comprometam com as bandeiras de luta da classe trabalhadora. Só assim vamos frente ao capital que está presente em todas as esferas do poder.

O Governo Federal criou o E-social, um programa que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. Qual será o impacto para o trabalhador?
Este programa vai aumentar a fiscalização sobre as empresas. Elas serão obrigadas a passar em tempo real detalhes como; horas trabalhadas, pagamento de PLR, folha de pagamento e daí por diante. Será uma ferramenta importante para que o trabalhador não perca nem um minuto trabalhado.

O Banco Central revelou recentemente que as montadoras enviaram a quantia de US$ 3 bilhões e meio como remessa de lucros para suas matrizes no exterior! Qual o seu comentário sobre isso?
Enquanto nós, trabalhadores, penamos para ter alguma das nossas reivindicações atendidas, as multinacionais não se cansam de receber dinheiro do governo, em forma de isenções, incentivos e benefícios fiscais. Essa é a prática que torna o Brasil o paraíso para o grande capital, pois as empresas aqui não tem um custo muito reduzido

Sérgio Butka
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, da Federação dos Metalúrgicos do Paraná (Fetim) e da Força Sindical do Paraná.
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