Trabalhadores da GM aprovam layoff em São José por falta de componentes
Em assembleias convocadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) na quinta-feira, 4, os empregados da fábrica da General Motors na cidade aprovaram a proposta da empresa de suspender temporariamente os contratos de trabalho (layoff) de 600 funcionários, o que deverá interromper um dos dois turnos da linha de produção da picape S10. Segundo o sindicato, a medida foi tomada pela empresa por falta de componentes suficientes para produzir o veículo no mesmo ritmo, devido à desorganização provocada pela pandemia de Covid-19 na cadeia global de suprimentos e logística da indústria automotiva.
Os trabalhadores aprovaram a proposta da GM em troca da promessa de estabilidade no emprego para todos os afastados. O layoff iniciado na segunda-feira, 8, e está previsto para durar dois meses, podendo ser estendido para até 10 meses. A GM de São José produz os modelos S10 e Trailblazer e segundo informa o sindicato tem cerca de 3,5 mil trabalhadores. Um grupo de 368 funcionários já está afastado desde abril de 2020.
“A estabilidade no emprego foi decisiva para a aprovação do layoff, conquistada depois de muita negociação entre empresa e sindicato. Estamos num momento em que a preservação dos empregos é de extrema importância”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Renato Almeida.
Pelo mesmo motivo de falta de componentes, esta semana a GM paralisou completamente a fábrica de Gravataí (RS), onde produz a linha Onix, o veículo mais vendido do mercado brasileiro. Todos os funcionários do complexo, incluindo os dos fornecedores que ficam dentro da planta, entraram em férias coletivas até a última semana de março e a partir de 4 de abril cerca 2 mil trabalhadores da unidade gaúcha serão afastados em layoff por até dois meses (leia aqui). Ao contrário de São José, não foi garantida a estabilidade no emprego, mas se a empresa demitir terá de pagar indenização de dois salários adicionais.
Fonte: Automotive Business
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