De olho em uma nova e breve conjuntura, Sindicatos de várias categorias debateram na última sexta-feira(16) na sede do SMC, o “Futuro da Indústria e os Desafios da Política da Industria”, com transmissão pelo face e youtube dos metalúrgicos da Grande Curitiba.

Tema esse que dá nome ao Seminário, realizado em várias capitais e promovido pela Industriall-Brasil, entidade que no mundo representa mais de 50 milhões de trabalhadores em 140 países. A iniciativa conta também com a participação da Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores(CUT), DIEESE e a SASK(Central sindical de solidariedade da Finlândia).

Os efeitos da modernização da indústria para os trabalhadores, sustentabilidade, a desindustrialização e a falta de uma política pública voltada para o setor foram alguns dos temas que permearam o debate entre sindicalistas de várias regiões do estado.

Várias propostas foram ouvidas e anotadas pela organização do Seminário para serem consolidadas em evento nacional nesta semana. Elas vão fazer parte de um documento que será encaminhado aos candidatos aos presidentes da república com o objetivo de conscientizá-los sobre a importância de uma transição industrial justa para todos.

“Que essa política industrial tenha importância de participação no PIB, gere mais empregos e renda e que podemos ter um país melhor com a participação da indústria que emprega milhares de trabalhadores”, alertou o secretário geral do SMC e membro da Indsutriall-Brasil, Jamil Dávila.

A mudança global na cadeia fabril e a conjuntura nacional também foi lembrada. “Falar do futuro da indústria é muito importante. O Brasil vive um momento de desindustrialização e isso diante de uma globalização que vivemos como também das inovações tecnológicas e que tanto precisamos nos aprimorar dessas ferramentas para que o trabalhador tenha um emprego decente”, frisou Cida Trajano, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário(CNRTV-CUT).

Além da “política industrial”, a importância de se incluir a “econômica” foi ressaltada pelo economista do DIEESE-PR, Sandro Silva, “não só a questão industrial, mas a política econômica de forma geral, votarmos a ter uma política em um estado ativo, tendo um projeto de país e que pense no futuro”.

“Nós vamos pressionar para que a verdadeira indústria brasileira possa ser retomada para gerar empregos. Esta tem que ser a grande responsabilidade de todos nós. Sabemos desse desafio. Por isso parabenizou a Industriall Brasil pela iniciativa desse Seminário”, ressaltou o presidente do SMC, Sérgio Butka na abertura do evento.

FIEP

A Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) foi convidada para o debate mas infelizmente decidiu não participar do Seminário.