Líderes partidários definirão cortes no orçamento
Em reunião nesta quarta-feira, 09/01, com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB/PB), e o relator do colegiado, deputado José Pimentel (PT/CE), já foi possível ter uma prévia de qual dos três poderes será mais afetado com os cortes no orçamento. “Os ajustes deverão recair mais no Executivo, cerca de 90% dos cortes” afirmou o ministro.
O governo fará o reajuste retirando de seu orçamento R$ 20 bilhões, metade do que arrecadava com a CPMF. Amanhã, 10/01, os líderes partidários vão se reunir com o ministro do Planejamento para fazer com que os cortes virem realidade.
Para Bernardo, essa será a parte mais complicada, ver em que lugar se pode deixar de realizar obras, qual pasta sofrerá mais com essa recessão de recursos. “Eu acho que o trabalho mais difícil começa agora”, comenta Bernardo.
PAC
Para o ministro, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve ser preservado. Essa defesa é justificada pelos projetos que envolvem obras de saneamento, construção e recuperação de rodovias e de habitação.
As obras do PAC só seriam interrompidas caso houvesse alguns problemas com a liberação de licença ambiental, licitação não concluída ou problemas com o Tribunal de Contas da União (TCU), mas o ministro afirma que mesmo assim as obras poderão ser substituídas por outras.
Reajustes
Outro problema grave que veio com o fim da CPMF, e foi reforçado por Paulo Bernardo, é a questão dos reajustes. Ele afirmou que as negociações salariais dos servidores do Executivo e os militares estão suspensas.
Fonte: DIAP