Fim da greve na Volvo e na Renault
Os cerca de seis mil funcionários da Renault/Nissan e Volvo da região de Curitiba que estavam em greve entraram em acordo com as empresas nesta quarta-feira (16) voltam a trabalhar. Os metalúrgicos da fábrica Renault ficaram 12 dias de braços cruzados, já os da Volvo tiveram apenas um dia de paralisação.
A mobilização dos metalúrgicos garantiu 3% de aumento real mais a correção de 4,44% referente à inflação acumulada nos últimos 12 meses, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - totalizando 7,57% - mais um abono de R$ 2 mil para cada trabalhador a ser pago já nessa semana.
Na Renault/Nissan, os trabalhadores têm a garantia de mais 1% de aumento real conquistado na data-base do ano passado - ao todo, então, vão receber 8,65% de aumento salarial. Em ambas as montadoras, os reajustes serão aplicados no mês de setembro. Na Volvo, os metalúrgicos conquistaram também estabilidade de emprego até 2 de dezembro. As propostas de acordos foram aprovadas por unanimidade em assembléias na manhã de hoje (16), dando fim à greve de oito dias na Renault e um na Volvo. Os dias parados não serão descontados: irão para o banco de horas.
Com a greve iniciada em 4 de setembro, a Renault deixou de produzir 6.240 veículos. Já na Volvo, o prejuízo foi de 24 ônibus e três caminhões.
Com a Volkswagen as negociações prosseguem às 16 horas desta quarta. Na audiência da terça-feira, os trabalhadores não aceitaram a proposta da empresa de R$ 2 mil de abono, acréscimo salarial considerando a inflação e reajuste de 2%, com pagamento de um dia parado a cada mês. Os trabalhadores reivindicam acréscimo de adicional noturno de 25%, reestruturação da tabela de salários, resolução dos casos de desvio de função e não desconto dos dias parados, além de reajuste de 3%.
Fonte: JORNAL DO ESTADO