Metalúrgicos da Volkswagen e Ford em Taubaté entram em greve
Cerca de 6.700 trabalhadores de fábricas da Volkswagen e da Ford em Taubaté, no interior de São Paulo, entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira, em busca de uma renegociação de acordo salarial acertado na semana passada.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), após ter sido fechado na semana passada um índice de reajuste com as montadoras de 6,53 por cento, mais abono de 1.500 reais, os trabalhadores decidiram rejeitar o acordo.
A decisão ocorreu após metalúrgicos da General Motors da região de São Jose dos Campos (SP) terem conseguido índice de 8,3 por cento de aumento salarial e abono de 1.950 reais via intermediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A fábrica da Volkswagen em Taubaté, que emprega 5.200 trabalhadores, produz os modelos Voyage, Gol e Parati a um ritmo diário de cerca de 1.050 unidades, segundo o sindicato. A fábrica da Ford, que tem cerca de 1.500 funcionários, é dedicada à produção de motores e transmissão, informou a entidade.
Nesta tarde, trabalhadores das duas montadoras realizam assembleias para decidir o rumo da paralisação. Segundo o sindicato, as empresas aceitaram uma renegociação do acordo.
No Paraná, a greve na fábrica da Volkswagen-Audi segue desde 3 de setembro. Segundo o Sindicato de Metalúrgicos da Grande Curitiba, filiado à Força Sindical, cerca de 14 mil carros já deixaram de ser fabricados com a paralisação.
Um dos pontos de discórdia é o índice de reajuste. Enquanto os 3.500 funcionários da unidade exigem aumento de 10 por cento, a proposta mais recente da montadora é de 7,57 por cento.
Fonte: Reuters