Trabalhadores da Vale Canadá encerram greve após quase um ano de luta
Um acordo coletivo com a Vale, assinado e aprovado pelos trabalhadores das minas de Sudbury e Port Colborne, no Canadá, encerrou quase um ano de greve nas minas de níquel e representou aumentos salariais anuais mais a reposição de perdas inflacionárias. Também significou a retirada, por parte da Vale, de todos os processos judiciais contra os mineiros.
Segundo o presidente do Sindicato canadense Local 6500, John Fera, após enfrentar os ataques da Vale por um ano inteiro, o Sindicato “permanece unido e forte”. A entidade, que representa os trabalhadores da Inco, controlada pela Vale, é vinculada ao UnitedSteelWorkers (USW).
“Negociamos um acordo coletivo que inclui concessões nossas em algumas questões, mas também prevê muitas melhorias, inclusive em nossos salários e em nosso plano de pensão”, explicou o sindicalista, lembrando que os termos do novo contrato não desvinculam o preço do níquel dos benefícios dos trabalhadores.
Ganhos - Os empregados da Vale nas minas de Sudbury ainda receberão o abono que reflete o preço do níquel. “O abono do níquel agora permitirá que nossos membros ganhem até 15 mil dólares canadenses por ano, além de seus ganhos regulares”, disse Fera. Do total, 75% do abono são determinados pelo preço do níquel e 25%, pelo lucro geral da Vale. O gatilho foi fixado em 3,75 dólares canadenses, o que é mais alto que o nível anterior de 2,25 dólares canadenses.
Solidariedade - A greve também ajudou a criar o movimento internacional dos atingidos pela Vale, que trabalha no Brasil, Canadá, Moçambique, Chile, Peru, Argentina, Nova Caledônia e Indonésia para resistir ao que John Fera denominou de “táticas truculentas que a Vale emprega onde chega”.
Fonte: Agência Sindical